Ícone do site Rápido no Ar

Mãos estendidas!

Vivemos dias de dificuldades, estamos em crise, todos estamos sufocados, tensos, muitos são os problemas que resolvemos dia após dia, os desafios surgem sempre, quase que tornando-se uma constante, ‘matamos’ um leão por dia! Já acordamos tensos e vamos dormir exaustos e muito mais tensos…

Vivendo dias assim, não há como olharmos para o próximo, estendermos as mãos a quem precisa, sermos um ouvido amigo, uma palavra de afeto, correto? Errado!

Nossas batalhas são árduas e difíceis, nos deixam tensos e nos ‘roubam’ o sono, nos fazem termos um pensamento recorrente, ficarmos focados na solução deles e, muitas vezes, podemos achar que não teremos condições de nos doarmos, de mudarmos o foco por uns minutos, de auxiliarmos o outro. Será, mesmo?

Tempos difíceis são tempos de aprendizado! Refinamos nosso jogo de cintura, aumentamos nossa resiliência, abusamos de nossa criatividade, mudamos nosso olhar e nosso foco, tempos difíceis nos aproximam de familiares, de amigos, nos fazem reaquecer nossa fé! Tempos difíceis são, também, oportunidade para sermos empáticos, para olharmos o próximo e suas necessidades com afeto, com cuidado, com amor.

Já dizia Santo Agostinho: “Aquele que tem caridade no coração tem sempre qualquer coisa para dar”, pois é, quando nosso coração é caridoso, conseguimos olhar para além de nossos problemas e enxergar o outro, suas dificuldades, suas necessidades, conseguimos ser um ombro amigo, uma escuta amorosa, uma mão estendida!

Áh, mas diante de tanto problema, será que tenho cabeça e condição para ouvir mais problema, para ajudar, sendo que eu é que preciso de ajuda, para dar carinho, sendo que estou tão machucada (o)?

Entretanto, quanto mais nos doamos, quanto mais ajudamos, quanto mais confortamos, tanto mais recebemos, somos ajudados e confortados. O exercício de fazer pelo próximo que precisa, nos recarrega as energias, nos faz experimentar o amor, nos alegra a alma e nos aquece o coração.

Sim, invariavelmente podemos contribuir para melhorar o ambiente à nossa volta, trazermos alento, criarmos sorrisos, sermos esperança … e como a vida é uma via de mão dupla: à medida em que transformamos, somos transformados, à medida em que amamos, somos amados, à medida em que fazermos sorrir, sorrimos…

Encerro com um convite à reflexão de uma pessoa que dedicou a vida a ajudar o próximo, a melhorar a realidade ao seu redor: “O que somos é um presente que a vida nos dá. O que nós seremos é um presente que daremos à vida.” Herbert de Souza

teste
Sair da versão mobile