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Mãe ‘fantasia’ filho de escravo para festa em escola e gera revolta nas redes sociais

A Promotoria de Defesa da Criança e do Adolescente de Natal instaurou um procedimento para acompanhar o caso da criança “fantasiada” de escravo pela própria mãe para uma festa de Halloween de uma escola particular em Natal. Segundo o Ministério Público do Rio Grande do Norte, o procedimento vai transcorrer em segredo de Justiça, como estabelece o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

As imagens foram publicadas pela mãe da criança, Sabrina Flor, que exaltou a “fantasia” do filho.

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Nas imagens divulgadas em rede social, a criança usa maquiagem para simular as escaras de cicatrizes e ferimentos no corpo. Vestido apenas com algumas túnicas brancas, simulando um calção e uma faixa na cabeça, o menino também usa imitações de correntes e grilhões, instrumentos usados na tortura e aprisionamento de escravos.

“Quando seu filho absorve o personagem! Vamos abrasileirar esse negócio! #Escravo”, publicou a mãe em sua conta no Instagram. Pouco depois da postagem, usuários comentaram a foto parabenizando a mãe pela criatividade e realismo da fantasia.

“Minha nossa senhora!!!! Causou kkkkkkkk”, comentou uma usuária. “Meninaaaaa perfeito!!!”, comentou outra.

Pouco depois, porém, uma série de comentários criticando a decisão da mãe e classificando o ato como racismo surgiram na rede.
O cantor Marcelo D2 republicou as imagens e entrou na discussão online. “Quando você pensa que já viu de tudo na vida”, escreveu o cantor.

Defesas
A reportagem não localizou Sabrina Flor, mãe do “menino escravo” O espaço está aberto para manifestação.

A escola onde a criança estuda se manifestou sobre o caso. “Lamentavelmente, a escolha do traje para participação do Halloween, feita pela família do aluno, tocou numa ferida histórica do nosso País. Amargamos as sequelas do trágico período da escravidão até os dias de hoje. O colégio CEI não incentiva, nem compactua, com qualquer tipo de expressão de racismo ou preconceito, tendo os princípios da inclusão e convivência com a diversidade como norte da nossa prática pedagógica.”

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