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Luto Nacional

De fato, a maior pandemia da humanidade tem assolado a vida dos brasileiros há mais de um ano. Passamos a conviver com a incerteza quanto ao futuro, a temer por nossa própria vida e saúde e pelas daqueles que amamos. E, de fato, os reflexos e as dores, fruto da pandemia, são imensuráveis. Mas com certeza, a maior de todas as dores é, sem dúvida, a perda de alguém que amamos. Isso é algo que jamais poderá ser restituído ou compensado.

Não são apenas números, são vidas que importam. Pai e mãe, filho e filha, avô e avó, tios, sobrinhos, amigos que se foram e deixam saudades. Não podemos simplificar essa dor. Ela dói no coração daqueles que ficam, sendo que muitos sequer se despediram.

São 500 mil nomes, rostos, olhares, sorrisos que deixaram saudades e vazios imensos. São 500 mil pessoas que tinham uma identidade, um trabalho, projetos, sonhos, cada qual com seu destaque dentro do núcleo societário que integravam. 500 mil vidas que certamente deixaram sua marca no mundo e na vida de outras pessoas.

Mas, pelo jeito, os números não irão parar por ai.

Nosso país agora chora diante de um dos momentos mais tristes da humanidade. Enquanto esse vírus fizer vítimas, nada nunca será normal.

Sabendo disto, não podemos simplesmente “tocar a vida”. É necessário que se respeite a dor daqueles que perderam seus entes queridos. É necessário que se pense em políticas públicas e em nosso comportamento individual para evitar que essa tragédia continue crescendo, mas, acima de tudo, precisamos recuperar nossa humanidade e cortar o efeito da anestesia que nos atinge, que faz com que tratemos com naturalidade esses números. Cada vida é única e importa. São 500 mil vidas perdidas… uma vida, todas as vidas, sim, realmente importam.

Nesses tempos de tantos temores e perdas, humanas e materiais, somos instados a exercer a solidariedade e o espírito fraternal; a olharmos uns aos outros como irmãos, como companheiros de jornada.

Cada um de nós tem “apenas duas mãos, e o sentimento do mundo”, para usar a expressão de Carlos Drummond de Andrade. Assim, que esse “sentimento do mundo” nos mobilize a apoiar uns aos outros como irmãos e a lutar por dias melhores.

500 mil mortos. Não são números, são pessoas, nossos irmãos e irmãs que perderam a vida para a Covid-19.

Nossa solidariedade a todos que perderam entes queridos para essa doença tão perversa.

É preciso mais que nunca união e empatia. É preciso olhar para o outro.

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