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Leite materno: o alimento que se adapta às necessidades do bebê

Elza Fiuza/Agência Brasil

O leite materno é um alimento ajustado às necessidades do bebê. Se o recém-nascido está com pneumonia, por exemplo, o leite se adapta para ampliar aquilo que é necessário no combate à doença.

Essa capacidade de adaptação mostra a importância da amamentação. Por isso, vários países do mundo, incluindo o Brasil, instituíram o mês Agosto Dourado como forma de ampliar a visibilidade sobre o aleitamento.

O nutricionista do Hapvida NDI, Fernanda Leister, cita que o leite materno é fundamental, nos primeiros meses de vida e ajuda na qualidade de vida na fase adulta.
Confira.

Os benefícios de amamentação
“Os benefícios vão além da mãe e do filho. O companheiro da mãe e quem auxilia no cuidado do bebê devem se informar.”

Alimento exclusivo
“O leite materno deve ser exclusivo pelo menos até os seis meses de idade. A amamentação deve ocorrer pelo menos até os dois anos, e, dependendo da rotina da mãe, se estender até os quatro ou cinco anos.”

A nutrição no leite materno
“Um dos principais benefícios é o fortalecimento do sistema imunológico do bebê, porque o leite materno é rico em anticorpos produzidos pela própria mãe. É uma defesa natural, que se adapta conforme a necessidade. Se o bebê contrair uma infecção intestinal, por exemplo, o leite vai ter uma produção maior de determinados anticorpos que combatem essa infecção.”

Desenvolvimento do cérebro
“O leite materno auxilia no desenvolvimento do sistema nervoso no cérebro, por conta da presença do DHA. Essa substância participa da formação das células nervosas, que é fundamental pelo menos nos primeiros cinco anos da criança. Ainda previne anemia, obesidade, diabetes e doenças crônicas no futuro.”

Não há leite materno fraco
“O leite sempre vai se adaptar conforme a necessidade do bebê. Então, numa certa idade, há uma composição, e depois essa composição de gorduras, açúcar e anticorpos muda.”

Deixe o bebê mamar à vontade
“A mãe deve deixar que o bebê apresente sinais de fome e, a partir disso, amamentar conforme a necessidade dele. Quando há dificuldade na oferta, o neném acaba sentindo mais fome e chega a perder peso. Nesse cenário, o acompanhamento médico e de uma fonoaudióloga ajuda.”

As dores das mães
“Há mães que sofrem com fortes dores. A mama resseca e o leite acumulado chega a empedrar. Muitas vezes, corrigir a posição do bebê na amamentação e ampliar os cuidados com a mama resolvem a questão. Devemos ter calma: é uma época em que mãe e nenê estão se conhecendo, criando laços.”

Mãe: sem fazer dieta
“Amamentação é um momento de a mãe comer com qualidade e tomar muita água, porque isso afeta a produção do leite. Fatores emocionais também influenciam; se necessário, a mulher deve buscar ajuda profissional.”

O uso de fórmulas infantis
“Fórmulas infantis são recomendadas conforme a idade do neném e com acompanhamento médico. Nestas situações, não dá para fornecer outro tipo de leite. O leite de vaca antes dos seis meses de idade pode trazer complicações. Ele tem muito mais proteína do que o materno, e isso sobrecarrega os rins do bebê. O leite de vaca e as fórmulas não produzem anticorpos, como no caso do materno. O leite materno sempre será superior à fórmula e ao leite de vaca”.

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