A Justiça manteve, na manhã desta sexta-feira (10), a prisão do vereador de Piracicaba Cássio Luiz Barbosa (conhecido como Cássio Fala Pira — PL). Ele permanecerá preso por 30 dias e será encaminhado ao presídio de Tremembé (SP). A medida foi confirmada após audiência de custódia, que não apontou irregularidades no cumprimento do mandado de prisão.
A Polícia Civil recebeu, até o momento, nove registros de supostos crimes sexuais envolvendo o parlamentar. A prisão temporária foi determinada para permitir o prosseguimento das apurações sem risco de interferência do investigado. A defesa nega as acusações e afirma que o vereador provará sua inocência.
Os advogados do vereador classificaram a manutenção da prisão como “ilegal” e afirmaram que tomarão as medidas cabíveis. Jonas Parisotto, um dos defensores, declarou que houve “abuso de autoridade e constrangimento ilegal” e disse acreditar na inocência do cliente, alegando ausência de provas contundentes nos depoimentos.
Outro advogado, Osmir Bertazzoni, afirmou que as denúncias teriam ocorrido em massa por um “efeito manada”. Segundo ele, uma das denúncias seria infundada e haveria imagens do sistema de segurança da Câmara que comprovariam contradições no relato. A defesa afirmou ainda que algumas denúncias teriam sido motivadas por insatisfações políticas e promessas não cumpridas.
Com a prisão mantida, a investigação seguirá com oitivas, coleta de provas e demais diligências determinadas pela Polícia Civil e pela Justiça. O vereador, representado por sua defesa, afirma estar tranquilo e nega as acusações.

