Quatro anos após o devastador incêndio no Centro de Treinamento Ninho do Urubu, que resultou na morte de dez atletas da base do Flamengo, a 36ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro deu início à primeira audiência de instrução e julgamento do caso. O trágico evento ocorreu em 2019, quando os jovens jogadores, que estavam alojados em contêineres, foram surpreendidos pelo fogo durante a noite.
Entre as vítimas estava o limeirense Rykelmo de Souza Vianna, de apenas 16 anos na época, cujo futuro promissor no esporte foi abruptamente interrompido.
Oito indivíduos estão sendo julgados pelas mortes e respondem por incêndio culposo qualificado pelos resultados de morte e lesão grave. Na audiência, estiveram presentes Edson Colman da Silva, técnico em refrigeração, e Eduardo Carvalho Bandeira de Mello, ex-presidente do Flamengo. No entanto, seis dos réus, incluindo membros da diretoria do Flamengo e representantes da empresa fornecedora dos contêineres, não compareceram. Em consequência, o juiz decretou a revelia, permitindo que o processo continue mesmo sem a presença dos acusados.
O incêndio, que ocorreu no alojamento das categorias de base, vitimou jovens atletas entre 14 e 16 anos. A tragédia gerou comoção nacional e levantou questões sobre a segurança e infraestrutura oferecidas aos jovens talentos do esporte.
O processo em curso busca esclarecer as responsabilidades e garantir que justiça seja feita em nome dos jovens que perderam suas vidas e dos que ficaram gravemente feridos.