A Justiça do Rio de Janeiro decidiu manter a prisão preventiva de Érika de Souza Vieira Nunes, acusada de vilipêndio de cadáver e furto após levar seu tio morto a uma agência bancária na Zona Oeste do Rio. O incidente, descrito pela juíza Rachel Assad da Cunha como “repugnante e macabro”, ocorreu na tentativa de Érika de obter um empréstimo usando a presença do tio, Paulo Roberto Braga.
Durante a audiência de custódia realizada nesta quinta-feira (18), a juíza Assad ressaltou que a condição do idoso no banco, seja vivo ou morto, não permitiria que ele expressasse sua vontade, sublinhando a vulnerabilidade de sua situação. A magistrada expressou preocupação com a dignidade e o respeito que deveriam ser preservados, independentemente do estado de saúde do idoso.
O caso, que chocou testemunhas no local e gerou ampla repercussão, é investigado pela 34ª DP (Bangu). A defesa de Érika afirma que o idoso estava vivo ao chegar ao banco, uma alegação ainda sob investigação.
Este caso levanta questões críticas sobre a ética e os cuidados com idosos, além de refletir sobre a segurança e vigilância em instituições financeiras, onde a saúde e o bem-estar dos clientes devem ser uma prioridade.