O sequestro mediante extorsão de uma empresária moradora de Cordeirópolis, mas que foi raptada no Centro de Limeira, em abril de 2018, terminou em condenação para os quatro homens que se tornaram réus por causa do crime. O juiz Rogério Danna Chaib, da 1ª Vara Criminal de Limeira, em sentença assinada no dia 31 de agosto, determinou penas que variam de 15 a 20 anos.
O caso mobilizou a Polícia Civil de Limeira e Cordeirópolis, ambas comandadas pelo delegado William Marchi, bem como a Delegacia Antissequestro de Campinas (Deas), na época representada pelo delegado Luis Francisco Segantin Junior. A Polícia Civil também contou com o apoio da Guarda Civil Municipal (GC), que atuou por meio do sistema de monitoramento.
A vítima foi sequestrada no início da noite do dia 10 daquele mês. Ela foi forçada a entrar no num Fiat Doblò, que foi encontrado horas depois e periciado. Os sequestradores, horas depois, confirmaram o crime e exigiram R$ 50 mil da família para que a empresária fosse colocada em liberdade.
Para garantir a segurança da vítima, a Polícia Civil adotou estratégia de investigar o caso de forma sigilosa, e o método deu certo. Na apuração do crime, os investigadores descobriram que o automóvel tinha sido subtraído um mês antes em Limeira.
A todo momento, a Polícia Civil orientava a família da vítima sobre os procedimentos e os familiares chegaram a fazer pagamento do valor, mas, pouco depois, os policiais, que já tinham informações sobre a identificação dos envolvidos, bem como o endereço de cada um, fizeram a prisão dos quatro e recuperaram o valor. Dois deles são de Santa Gertrudes e os outros dois de Cordeirópolis. Durante o tempo em que ficou sequestrada, por mais de 24 horas, a vítima foi mantida num galpão, quase o tempo todo amarrada numa cadeira.
CONDENAÇÃO
Dos quatro réus, identificados como J.A.S., N.L.G., N.B.R. e G.H.A., três confessaram o crime, mas G. não assumiu participação. As defesas pediram o reconhecimento da atenuante da confissão e o afastamento da qualificadora de ter o sequestro durado mais de 24 horas.
G. alegou que apenas foi buscar J. a pedido dele e que recebeu R$ 5 mil. Disse, também que estava em horário de expediente no dia do crime, mas, conforme relato da vítima, o nome dele foi mencionado no galpão onde ela ficou amarrada.
Danna Chaib condenou todos, sendo a pena de J. a maior: 20 anos de prisão. Os demais foram condenados a 15 anos de prisão, todos em regime inicial fechado. A defesa de cada um pode recorrer da decisão.