O protesto dos caminhoneiros contra o aumento do diesel, que entrou no terceiro dia, já deixa os postos sem combustível nesta quarta-feira (23), em Limeira. Na cidade já há postos fechados e a justificativa é a mesma, os caminhões estão parados nas manifestações.
Em alguns lugares ainda há algum tipo de combustível, mas os frentistas afirmam que não deve durar por muito tempo.
Por conta das manifestações, muitos caminhões não conseguiram sair das distribuidoras ou ficaram presos em algum bloqueio nas estradas. Os donos de postos avisam que não há previsão de normalização no abastecimento e que isso depende do fim do protesto dos caminhoneiros.
Corrida pelo combustível
Preocupados com o risco de faltar combustível devido à greve dos caminhoneiros, consumidores já causam uma corrida aos postos de abastecimento em várias regiões do Estado de São Paulo De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro), José Alberto Paiva Gouveia, essa corrida pode causar uma falta generalizada de combustível, com consequências graves para a população.
“Nenhum posto está recebendo combustível e, normalmente, o estoque dura de três a quatro dias. Como já está havendo corrida para encher o tanque, o que pode acontecer é o desabastecimento”, disse Gouveia.
A situação mais crítica, segundo ele, é na região do Vale do Paraíba, onde muitos postos já estão em diesel e gasolina. “Quem tem grandes frotas, como as empresas de ônibus, está indo aos postos para abastecer, ou para preservar o estoque do seu próprio posto, ou porque já está sem combustível. Imagine uma fila de 40 ônibus para encher o tanque. Assim que acaba o combustível de um posto, eles vão para outro. Isso está acontecendo”, contou.
Segundo ele, por conta das manifestações, nenhum caminhão saiu, nesta quarta-feira, 23, das bases de Barueri, Guarulhos e São José dos Campos, que fazem a distribuição de combustível.