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Instaurada ação em São Paulo para remover posts de médica com informações falsas sobre vacinação infantojuvenil

Retirar do ar posts feitos por uma médica de São Paulo que disseminou informações falsas sobre a vacinação infantojuvenil é um dos objetivos de ação civil pública ajuizada pela Promotoria da Infância e Juventude da Capital.

A petição inicial, protocolada nesta quarta-feira (17), e assinada pelos promotores Luciana Bergamo, Sandra Massud, Geraldo França Neto e Arthur Pinto Filho, requer ainda que o Judiciário imponha à acusada a obrigação de pagar R$ 1.341.700 a título de indenização por danos morais difusos. Além da médica, que conta ao todo com mais de 150 mil seguidores, figuram no polo passivo do processo as redes sociais Facebook e X.

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Em publicações feitas na web, a médica relaciona a imunização de crianças e adolescentes contra a covid-19 à infertilidade, mencionando alteração genética e mudança nuclear. Ela reforça também a tese de que a vacinação infantojuvenil contra a doença se trata de experimentação em larga escala.

Além disso, a mulher aparece em vídeo fazendo uma falsa relação entre os imunizantes contra o HPV e a incidência de câncer no colo do útero, entre outras inverdades. Relatório produzido pelo Centro de Apoio à Execução (CAEx) apontou que estudo divulgado pela médica para embasar a crítica às vacinas cita casos isolados, “sem peso estatístico, tampouco conclusivo e contundente”.

“Essas postagens tiveram impacto significativo ao estimular a desconfiança, desinformação e desinteresse da população em relação às vacinas em geral, especialmente aquelas contra a covid-19 e o HPV”, dizem os promotores nos autos.

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