Oito bairros de Limeira (SP), estão em situação de alerta, após a Avaliação de Densidade Larvária (ADL) do Aedes aegypti, mosquito causador da dengue, zika e chikungunya. Estudo é referente ao mês de outubro e os dados foram divulgados nesta quinta-feira (25) pela Secretaria de Saúde.
Foram pesquisados 4.567 imóveis. No geral, a situação do município é satisfatória, com Índice de Infestação Predial de 0,7.
Contudo, duas regiões atingiram índices considerados de alerta pelo Ministério da Saúde. A região do Egisto Ragazzo, Boa Vista e Anavec teve índice de 1,22, enquanto na região do Morro Azul, Geada, Laranjeiras, Aquarius e Terras de São Bento a taxa foi de 1,29. Pelos parâmetros do Ministério da Saúde, índice inferior a 1 indica condição satisfatória; de 1 a 3,9, alerta; e superior a 3,9, risco.
Além da situação de alerta nas duas regiões, outra conclusão do levantamento é de que 68% do total de recipientes encontrados estavam em situação de risco e 34% desse total são passíveis de remoção, como latas e frascos inservíveis. Outro índice preocupante é que 58% desses objetos poderiam ser guardados secos e em locais cobertos, como garrafas retornáveis e vasos de planta.
Segundo o diretor de Vigilância em Saúde, Alexandre Ferrari, a dengue é um desafio, mas que é necessário, também, ajuda da população nesse controle. “O mosquito da dengue é um vetor doméstico, com vida, reprodução e alimentação dentro das casas das pessoas. Por isso é que alertamos sempre para que os criadouros em potenciais sejam removidos e cada morador faça esse trabalho pelo menos uma vez por semana”, alerta.
Ferrari também explica que o trabalho de controle da dengue tem sido realizado o ano todo, mesmo durante a pandemia. “Nós não paramos. A equipe da Divisão de Controle de Zoonoses segue com um trabalho intenso com mutirões e visitas casa a casa no sentido de orientar e eliminar possíveis criadouros do Aedes aegypti. Essa é uma determinação do prefeito Mario Botion”, cita.
Gerente da Zoonoses, Pedrina Costa elenca algumas recomendações: “Atenção redobrada com bebedouro dos animais, que deve ser lavado com bucha toda semana; cultivar plantas diretamente na terra; eliminar criadouros uma vez por semana; descartar todo material inservível que possa juntar água; e guardar seco e em local coberto todo utensílio que possa juntar água, como baldes e garrafas retornáveis”, enfatiza.
O secretário de Saúde, Vitor Santos, lembra que, com a chegada do período chuvoso nos próximos meses, o alerta é ainda maior. “O poder público está fazendo sua parte, mas é primordial que a população também nos ajude nesse trabalho para evitarmos problemas com a dengue no final do ano e no início do próximo. A dengue mata e todos devem fazer sua parte”, ressalta.