A Prefeitura de Limeira, por meio da Divisão de Controle de Zoonoses, divulgou nesta quinta-feira (27), a Avaliação de Densidade Larvária (ADL) do Aedes aegypti, referente ao mês de janeiro. O Índice de Infestação Predial apurado no período foi de 1,7 – situação de “alerta” em relação à presença de criadouros do mosquito da dengue na cidade. O levantamento anterior, de outubro do ano passado, ficou em 0,4 (satisfatório). Conforme parâmetros do Ministério da Saúde, índice inferior a 1 indica condição satisfatória; de 1 a 3,9, configura quadro de alerta; e superior a 3,9, sugere risco.
Para o estudo, foram vistoriados 4.764 imóveis. E visando facilitar o trabalho, o município foi dividido em oito áreas, das quais seis estavam em estado de “alerta” e duas em condição “satisfatória”. A área que concentra a maior infestação é a região dos bairros Anavec, Planalto e Nova Limeira, com índice de 3,83, seguida da região que compreende os bairros Adélia C. Grotta, Gustavo Piccinini e Cecap, com índice de 2,35.
A chefe da Divisão de Controle de Zoonoses, Pedrina Aparecida Rodrigues Costa, destaca que o cenário é preocupante e mostra o potencial de propagação do mosquito da dengue dentro dos imóveis. Segundo ela, foram encontrados 2.129 potenciais criadouros, e desse total, 1.857 apresentavam água, o equivalente a 87,2%. Dentre os recipientes com água, 107 (ou 6,9%) continham larvas do Aedes aegypti, que além da dengue, é o transmissor da zika e da chikungunya.
Outro aspecto observado por Pedrina diz respeito à variedade de criadouros nas residências. Dos 40 criadouros catalogados, foram identificados 32 tipos, sendo que os mais frequentes são as garrafas retornáveis (com 836 ocorrências), latas e frascos inservíveis (com 242 ocorrências) e pratos de plantas (com 228 ocorrências).
Quanto à positividade para o Aedes, vasos de plantas aquáticas e baldes/regadores estão no topo do ranking, com respectivamente, 133 e 113 larvas cada um. “O que chama a atenção é que 68,1% dos recipientes são móveis e poderiam ser guardados em locais secos ou cobertos e outros 19,4% eram passíveis de descarte”, salientou.
Frente a esse cenário, a chefe da Divisão enfatizou a importância do trabalho dos agentes de saúde, de controle de zoonoses e de combate de endemias, que diariamente vistoriam os imóveis de Limeira para eliminar os criadouros e orientar os munícipes sobre a importância da prevenção. “O mosquito da dengue adaptou-se ao meio urbano e encontra nas residências condições favoráveis para sua procriação. Estamos em uma estação do ano marcada por altas temperaturas e muita chuva, e diante desse quadro, a população deve ficar atenta e redobrar os cuidados para eliminar criadouros do mosquito”, frisou Pedrina. Os próximos levantamentos serão realizados nos meses de abril, julho e outubro.