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Imóveis com criadouros da dengue mantêm situação de alerta em Limeira

A Avaliação de Densidade Larvária (ADL) do mosquito Aedes aegypti, realizada em abril pela Divisão de Controle de Zoonoses, revela que o Índice de Infestação Predial em Limeira é de 1,8. O resultado mantém a situação de “alerta” no município. Conforme parâmetros do Ministério da Saúde, índice inferior a 1 indica condição satisfatória; de 1 a 3,9, configura quadro de alerta; e superior a 3,9, sugere risco. O último monitoramento, realizado em janeiro, apontou índice de 1,7 – também classificado na categoria de “alerta”.

Para o trabalho, agentes de controle de zoonoses visitaram 4.760 imóveis. Das oito áreas em que o município foi dividido, duas apresentaram Índice de Infestação Predial satisfatório. São elas, a “Área 3”, que engloba os bairros Alto dos Laranjais, Independência, Jd. Glória, Pq. Novo Mundo, Olindo de Lucca, entre outros, com índice 0,5, e a “Área 4”, que abriga bairros como Cecap, Alto da Capela e Villa do Sol. Todas as outras seis regiões contabilizaram índices de alerta, que variou de 1,0 (Jd. Aeroporto, Jd. Vitório Lucato e Jd. Colina Verde) a 3,66 (Centro, Vila Cláudia e Vila São João).

A chefe da Divisão de Controle de Zoonoses, Pedrina Aparecida Rodrigues Costa, chama a atenção para os bairros da “Área 2”, que inclui o Jd. Alvorada, Pq. Hipólito, Jd. Nova Suíça, Santa Lúcia e outros. No levantamento de janeiro, o Índice de Infestação Predial era 3,94, em abril, houve recuo para 1,77. “Esse dado é importante para mensurarmos o impacto das ações de prevenção e controle de criadouros, bem como o avanço da conscientização dos moradores dessa área”, frisou. Por outro lado, ela informou que a “Área 6”, onde se localizam os bairros Abílio Pedro, Águas da Serra e Jd. Nova Itália, demonstrou crescimento do índice, passando de 0,65 em janeiro para 2,67 em abril. “Vamos intensificar os trabalhos nessa região”, frisou.

Nos imóveis pesquisados, foram localizados 2.222 recipientes e 69% estavam em situação de risco, ou seja, continham água. Considerando-se o universo de recipientes com água, 7,4% apresentavam larvas do Aedes aegypti. Pedrina destacou, ainda, a grande variedade de criadouros nos imóveis. “Foram detectados 35 tipos de recipientes com larvas, incluindo baldes, regadores, pratos e vasos de plantas, bebedouros de animais, pneus, entre outros”, destacou.

Ainda quanto aos recipientes encontrados, Pedrina alerta que 30% eram passíveis de remoção e outros 50% poderiam estar guardados em local coberto, ou seja, eram “móveis”. “Boa parte dos criadouros, mais precisamente 7%, eram fixos, como ralos externos e internos. Esse quadro reforça a importância desses locais receberem, pelo menos uma vez por semana, água sanitária”, comentou.

Atualmente, o município registra 385 casos confirmados de dengue e outros 1.274 estão em aberto. O diretor de Vigilância em Saúde, Alexandre Ferrari, observa que a Avaliação de Densidade Larvária permite acompanhar o perfil dos criadouros no município. “A pesquisa demonstra que o perigo da dengue continua dentro da casa das pessoas. Considerando-se a circulação do vírus do tipo 2 no Estado de São Paulo, a situação pode se agravar, com a ocorrência de casos mais graves e até mesmo de óbitos. A prefeitura faz a sua parte, mas a população não pode descuidar do controle de criadouros”, afirmou, referindo-se aos 12 mutirões contra a dengue e aos 189 mil imóveis visitados pelos agentes desde o início do ano.

Mutirão

Neste sábado (25), a Prefeitura de Limeira, por meio da Divisão de Controle de Zoonoses, fará mais um “megamutirão” de combate ao Aedes aegypti. Aproximadamente 120 agentes públicos irão visitar imóveis da região do Belinha Ometto e Abílio Pedro 4ª Etapa, no período das 7h30 às 12h30.

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