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Homem que era dado como desaparecido no prédio presta depoimento à polícia de SP

Registrado como desaparecido e possível vítima no desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida, o camelô Arthur Hector de Paula, de 45 anos, se apresentou na manhã desta sexta-feira, 11, no 3º Distrito Policial (Campos Elíseos, no centro de São Paulo). Ele conta que estava no prédio, mas saiu minutos antes para tomar uma cerveja com um conhecido.

Na segunda-feira, 7, o Corpo de Bombeiros chegou a confirmar oficialmente as buscas pelo camelô, que passou a ser considerado do 6º desaparecido. Parentes registraram naquele dia um boletim de ocorrência para informar o desaparecimento do homem. Ele foi localizado em Minas Gerais.

“Quando voltei, o prédio tinha caído. Fiquei uma semana lá no acampamento, não sabia que a minha família estava me procurando”, disse Paula. Ele contou que viajou para Belo Horizonte na terça-feira, 8, quando soube que o pai havia tido um AVC.

A tia do homem, Irani de Paula, registrou boletim de ocorrência de desaparecimento do sobrinho na manhã de segunda-feira. Ela relatou à Polícia Civil e ao Estado que havia procurado por ele desde o acidente no acampamento do Largo do Paiçandu, no centro, e que nenhum morador o tinha visto.

O camelô disse que morava há cerca de um ano na ocupação na casa de amigos. Sobre não ter sido localizado pela tia, afirmou que foi um mal entendido. “Nós não temos televisão lá no acampamento, cada um está cuidando da sua vida e é muita gente em um único lugar. Por isso, não me acharam”, disse.

Quando registrou o desaparecimento, Irani explicou à polícia que o último contato que algum familiar teve com Paula havia ocorrido há dois meses, quando um primo o procurou para cobrar um dinheiro que havia emprestado para ele.

O camelô voltou a São Paulo nesta sexta-feira, mas disse que retornaria a Belo Horizonte para “reconstruir sua vida” ao lado de dois dos seus quatro filhos.

O delegado Osvany Barbosa, titular do 3º DP, disse que o camelô foi ouvido e retirado da lista de desaparecidos. O delegado disse que Arthur de Paula não apresentou nenhum atestado médico ou qualquer documento que comprove o estado de saúde do pai.

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