Ademir Fesan chegou, chegando. Essa expressão é bastante usada pelos boleiros no futebol. O treinador acaba de quebrar uma marca importante na Internacional. Há 15 anos, um técnico não vencia seus dois primeiros jogos no comando da equipe limeirense.
Fesan montou um time completamente diferente daquele que caiu para a Série A-2 do Campeonato Paulista. E os resultados estão aparecendo. Depois de vencer em Goiatuba por 3 a 1, gols de Antônio Gabriel, Lucas Santos e Lucas Douglas, o alvinegro fez 1 a 0, sábado no Uberlândia, jogando com portões fechados. O gol foi de Miguel Bianconi.
Os dois resultados positivos colocam a Internacional na liderança isolada do Grupo A-7, com seis pontos. E sábado tem o Monte Azul, às 17h, novamente no Major Levy. Será a última partida da punição imposta pelo STJD pelos incidentes do ano passado diante do São José, onde as torcidas se confrontaram no Limeirão.
O último técnico que conseguiu duas vitórias iniciais foi Claudemir Peixoto, no Campeonato Paulista da Segunda Divisão de 2010.
Naquela ano, a Inter chegou ao “fundo do poço” e teve que remar muito até voltar à Série A-1. Na estreia, o Leão derrotou o Guaçuano por 3 a 2, em Mogi Guaçu, gols de Fernando Russi, Raniéri e Diego Carioca.
Na 2ª rodada, a Inter recebeu o Brasilis, no Limeirão, e venceu por 2 a 1, com gols de Fernando Russi e Diego Carioca. Esse time venceu os seis jogos iniciais e subiu com propriedade para a Série A-3.
De Claudemir Peixoto até Ademir Fesan passaram pela Internacional 22 treinadores, sendo que três deles fizeram apenas um jogo: Felício Cunha, Geninho (já falecido) e Macaé.
Os ques mais se aproximaram de duas vitórias iniciais foram Paulo César Catanoce em 2013 e Felipe Conceição em 2024, ambos com uma vitória na estreia e um empate na sequência.
Seis treinadores perderam os dois jogos iniciais de seus trabalhos na Inter, são eles: Gil Ribeiro (2011), Lelo (2011), Ricardo Moraes (2013), João Vallim (2016), Thiago Carpini (2021) e por último Márcio Fernandes (2025).
De Claudemir Peixoto a Ademir Fesan:
Gil Ribeiro (2011)
0 x 1 U.Barbarense (C)
0 x 1 Ituano (F)
Lelo (2011)
2 x 3 Flamengo (F)
1 x 2 Paulínia (C)
Ricardo Moraes (2013)
1 x 3 Sertãozinho (F)
0 x 2 Flamengo (C)
PC Catanoce (2013)
1 x 0 São Vicente (C)
2 x 2 São Bento (F)
Betão Alcântara (2014)
0 x 1 U.Barbarense (F)
3 x 1 Red Bull (C)
Jorge Parraga (2016)
0 x 1 São José (C)
1 x 0 Matonense (F)
João Vallim (2016)
0 x 1 São Carlos (C)
1 x 2 Olímpia (F)
Edilson Santos (2019)
1 x 1 XV Piracicaba (C)
1 x 0 Noroeste (F)
Elano Blumer (2020)
0 x 4 Guarani (C)
1 x 0 Red Bull (F)
Rafael Soriano (2020)
1 x 2 Audax (F)
2 x 1 Primavera (C)
Thiago Carpini (2021)
0 x 1 Ferroviária (F)
0 x 4 São Paulo (C)
Dyego Coelho (2021)
0 x 3 Madureira (C)
0 x 0 Cianorte (F)
Roger Silva
1 x 0 Boa Vista (C)
1 x 2 Santo André (F)
Vinícius Bergantin (2022)
0 x 0 Santos (C)
2 x 2 Ponte Preta (F)
Pintado (2023)
0 x 3 São Bernardo (C)
1 x 0 Mirassol (F)
Fabinho (2023)
0 x 0 Santo André (F)
0 x 1 São Bernardo (F)
Júnior Rocha (2023)
1 x 1 Patrocinense (F)
1 x 1 Cascavel (C)
Felipe Conceição (2024):
1 x 0 Água Santa (C)
0 x 0 São José (F)
Márcio Fernandes (2024)
0 x 3 Palmeiras (C)
1 x 2 Velo Clube (F)
Ademir Fesan (2025)
3 x 1 Goiatuba (F)
1 x 0 Uberlândia (C)

