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Governo planeja cadastro nacional de pessoas proibidas de apostar em sites de bets

Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

O Ministério da Fazenda anunciou nesta segunda-feira (10 de fevereiro) a criação de um banco de dados nacional para reunir informações de cidadãos proibidos de realizar apostas esportivas on-line. O sistema deve ser lançado no segundo semestre de 2025, após uma consulta pública entre abril e junho.

A medida faz parte da agenda regulatória da Secretaria de Prêmios e Apostas para os anos de 2025 e 2026 e busca garantir que jogadores, árbitros, técnicos de futebol, menores de idade e outras pessoas impedidas por decisão judicial não tenham acesso a apostas esportivas.

Como funcionará o cadastro?

Segundo o secretário Regis Dudena, o sistema informático centralizará as informações de exclusão e repassará os dados às empresas de apostas licenciadas.

📌 Quem será incluído no cadastro?
✔️ Menores de 18 anos
✔️ Jogadores, técnicos e árbitros de futebol
✔️ Membros de órgãos reguladores
✔️ Pessoas proibidas por decisão judicial

A ferramenta tem como objetivo impedir que essas pessoas consigam se cadastrar e realizar apostas nas plataformas regulamentadas.

O modelo do banco de dados será submetido à consulta pública no segundo trimestre de 2025, permitindo que especialistas e a população opinem sobre sua implementação.

Regulamentação e fiscalização do setor de apostas

Além da criação do cadastro, a Secretaria de Prêmios e Apostas revelou os números da primeira fase da regulamentação das bets no Brasil, que foi concluída em 31 de dezembro de 2024.

📌 Dados do setor de apostas no Brasil:
68 empresas autorizadas a operar
153 marcas regulamentadas
R$ 2,1 bilhões arrecadados em outorgas (cada licença válida por três anos custa R$ 30 milhões)

A fiscalização sobre sites ilegais também foi intensificada. A secretaria ordenou o bloqueio de 11.555 domínios irregulares pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e realizou 75 ações contra influenciadores que promoviam apostas ilegais.

📢 Dudena esclareceu que a fiscalização ocorre apenas na esfera administrativa, mas que a secretaria pode solicitar a remoção de conteúdos que violem as regras do setor.

Proibição do uso do Bolsa Família para apostas

Outra questão abordada pelo governo foi a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que proíbe o uso de recursos de programas sociais, como o Bolsa Família, para apostas on-line.

Entretanto, há dificuldades para aplicar essa restrição, pois não há um mecanismo claro para diferenciar os valores do benefício de outras fontes de renda nas contas bancárias dos apostadores.

📌 Pontos ainda em debate:

A Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou esclarecimentos ao STF para definir como a determinação deve ser aplicada na prática.

Próximos passos

🔎 21 de fevereiro – Audiência pública on-line para debater a regulamentação das bets
📅 Até 27 de março – Consulta pública aberta na plataforma Participa Mais Brasil
📌 Segundo semestre de 2025 – Implementação do cadastro de proibidos

O governo segue trabalhando na regulamentação do setor de apostas para garantir maior transparência, segurança e fiscalização do mercado.

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