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Governo de SP adia volta às aulas, mas presença não será obrigatória

Foto: Governo do Estado de São Paulo / Divulgação

Em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, a nova reclassificação das cidades de São Paulo no Plano São Paulo, de combate ao coronavírus, com a regressão dos municípios para as fases laranja e vermelha, além das novas regras que vão manter apenas os serviços essenciais abertos aos finais de semana. As novas restrições passarão a valer a partir de segunda-feira (25)

Diante do recrudescimento da pandemia, a volta às aulas no Estado foram adiadas para o dia 8 de fevereiro, com 35% da capacidade, além de não ser mais cobrado dos alunos a presença nas salas de aula.

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O retorno obrigatório às escolas vinha sendo criticado pelas famílias que têm estudantes matriculados na rede particular. Algumas escolas comunicaram os planos de volta às aulas nesta semana, obrigando o retorno às atividades presenciais, com base na deliberação do Conselho Estadual de Educação. Mães de alunos já planejavam entrar com um mandado de segurança contra essa obrigatoriedade.

A nova classificação vai durar ao menos até o dia 8 de fevereiro Das 20h às 6h durante as semanas e ao menos nos próximos dois finais de semana, todo o Estado ficará na fase vermelha.

As cidades das regiões de Araraquara, Baixada Santista, Campinas, São João da Boa Vista e a Grande São Paulo, que estavam na fase amarela do plano de restrições, foram para a fase laranja, em que os horários e atividades são mais restritivos. Já os municípios das regiões de Barretos, Bauru, Franca, Presidente Prudente, Sorocaba e Taubaté foram para a fase vermelha, em que apenas o comércio essencial pode funcionar sem restrições. As demais regiões se mantêm na fase laranja.

O aumento de casos e de internações de pacientes com covid-19 fez com que a ocupação de leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) é o principal motivo da regressão na quarentena O índice, no Estado, está em 71,1%. O novo fechamento do comércio é uma tentativa de aumentar o distanciamento social e frear a propagação do coronavírus e seus variantes. São Paulo contabiliza 51.192 óbitos e 1.679.759 casos da doença.

Protesto
Um protesto com cerca de 50 donos e funcionários de bares e restaurantes, segundo a Polícia Militar, que são contrários às novas restrições, ocorreu na Avenida Morumbi, na zona sul, na frente do palácio, na manhã desta sexta. Uma das reivindicações era que as novas regras tenham início apenas na semana que vem, uma vez que os estoques para este fim de semana e feriado de aniversário de São Paulo, no dia 25, já estão comprados. Doria reforçou, na coletiva, de que as medidas só terão início na segunda-feira.

Doria comentou a reação dos comerciantes citando o caso do Amazonas, que chegou a anunciar o fechamento do comércio para a contenção da doença. Segundo o governador, a atual crise no Estado, que exauriu material médico vital para manter doentes vivos, “começou quando setores da economia, restaurantes, bares e mercadinhos pressionaram o governo”. O governador afirmou que “infelizmente, eles (os manifestantes) venceram, as autoridades cederam”. “Qual foi o resultado disso? Um aumento intenso de pessoas infectadas”, complementou.

“São Paulo não vai ceder, São Paulo vai proteger. Aqui, temos compaixão, temos compreensão, mas a razão está na ciência” afirmou o governador, ao dizer que esse pacote de restrições será mantido.

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