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GCM usa Tribuna da Câmara para pedir veto a possível convênio com a PM em Limeira

O Guarda Civil Municipal de Limeira Rogger Milton, usou na noite de ontem – quarta-feira (1), a Tribuna da Câmara Municipal para se posicionar contrário a um possível convênio do município com a Polícia Militar. O guarda representou também outros agentes de segurança de Limeira. No total 15 guardas assinaram a inscrição de Rogger Milton para uso da tribuna livre, e segundo o agente, outros guardas se mostraram contrários ao convênio pelas redes sociais.
O secretário de Segurança Pública, Francisco Alves da Silva, o Cabo Chiquinho, determinou na manhã desta quinta-feira (2) a abertura de um procedimento de administração contra supostas irregularidades cometidas pelo guarda civil municipal, Rogger Milton. Segundo nota enviada à imprensa, o ato de provável indisciplina será apurado pela Corregedoria da GCM, segundo explica o secretário. Na noite de quarta-feira, o guarda utilizou a Tribuna da Câmara e discursou se opondo a projeto de lei do Executivo que estabelece convênio entre o município e a Polícia Militar (PM), para ações no trânsito. O convênio não terá nenhum custo para o município – “Ele não estava autorizado, daí a razão de estarmos pedindo uma investigação por ato de indisciplina”, observa o secretário. Para Chiquinho, o ato revela ainda uma situação de incitação à tropa. A Corregedoria da GCM, instância competente para analisar a conduta de Rogger Milton, também deverá verificar a participação de outros guardas durante a sessão da Câmara.

 

Por outro lado, o GCM Rogger Milton afirma que ficou bastante surpreso em saber que foi aberto um procedimento administrativo contra supostas irregularidades, uma vez que ele recorreu aos vereadores para eles atentassem ao princípio da eficiência, já que o município pretende repassar verba para o Estado para as chamadas “atividades delegadas” em que os PMs em dias de folga, realizem os trabalhos que poderiam ser cumpridos pelos próprios Guardas Municipais – “Se o município entender que o efeito da GCM não é suficiente, uma alternativa seria estabelecer o pagamento das folgas trabalhadas como já ocorre na cidade de Piracicaba, por exemplo. Por lá, os GMCs podem se inscrever para trabalhar nos dias de folga e recebem por isso” – afirma Rogger.
Ainda segundo o GCM, referente ao convênio para atividade da Polícia Militar no trânsito não há qualquer objeção, uma vez que de fato a atividade não terá nenhum custo para o município.
Rogger acredita ainda que o secretário pode ter interpretado de uma forma equivocada a sua fala na tribuna – “A corregedoria tem um procedimento de ampla defesa, onde poderei apresentar provas de que eu não estava em horário de serviço, não estava fardado e em nenhum momento eu denegri a imagem da Guarda Civil Municipal ou da Polícia Militar, e nem do Secretário de Segurança Pública e do Prefeito Municipal”
O agente de segurança finalizou a entrevista ao jornalista Lucas Claro dizendo – “Sou guarda civil, mas também sou um cidadão que pode fazer uso da tribuna livre, pois estou em pleno gozo dos meus direitos políticos”

 

Crédito Foto – Matheus Fonseca/Câmara Municipal

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