As agências dos Correios de 20 estados e do Distrito Federal amanheceram fechadas hoje (20). A greve começou ontem (19), às 22h. Segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentec), durante mais de 50 dias, a entidade tentou negociar as reivindicações da categoria com a empresa, mas não obteve sucesso.
Entre os motivos para a greve, estão o fechamento de agências em todo o Brasil, o plano de demissão voluntária, a possibilidade de privatizar a empresa e de demitir funcionários devido à crise, e o corte de investimentos em todo o país.
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Os funcionários também estão insatisfeitos com a falta de concurso público, mudanças no plano de saúde e suspensão das férias. Até o momento, os Correios não se posicionaram sobre a greve dos funcionários.
Dos afiliados, já aderiram ao movimento Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, São Paulo (Campinas, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Vale do Paraíba e Santos), Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais (Juiz de Fora e Uberaba), Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul (Santa Maria), Sergipe e Santa Catarina. As agências de Limeira estão trabalhando normalmente.
Os Correios divulgaram a seguinte nota sobre a greve:
A paralisação parcial, iniciada nesta quarta-feira (20) por alguns sindicatos da categoria, não afeta os serviços de atendimento dos Correios. Até o momento, todas as agências, inclusive nas regiões que aderiram ao movimento paredista, estão abertas e todos os serviços estão disponíveis.
Nesses locais, a empresa já colocou em prática seu Plano de Continuidade de Negócios para minimizar os impactos à população. Os Correios informam que o movimento está concentrado na área de distribuição — levantamento parcial realizado na manhã de hoje mostra que 93,17% do efetivo total dos Correios no Brasil estão presentes e trabalhando — o que corresponde a 101.161 empregados, número apurado por meio de sistema eletrônico de presença.
Negociação — As negociações com os sindicatos que não aderiram à paralisação ainda estão sendo realizadas esta semana. Os Correios continuam dispostos a negociar e dialogar com as representações dos trabalhadores na busca de soluções que o momento exige e considera a greve um ato precipitado que desqualifica o processo de negociação e prejudica todo o esforço realizado durante este ano para retomar a qualidade e os resultados financeiros da empresa.