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Funcionários do DETRAN que fraudaram emissão de carteiras em Ribeirão Pires são denunciados

Buscando responsabilizar dois funcionários do Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN) que emitiram irregularmente milhares de Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs), a Promotoria de Justiça de Ribeirão Pires (SP) ajuizou ação civil nesta terça-feira (12/3).

O processo, por atos de improbidade administrativa, pede que os homens sejam condenados, entre outras sanções previstas na Lei n.º 8.429/92, à perda da função pública e a reparar o dano causado no valor de R$ 405.469,40.

Ao levar o caso à Justiça, o promotor Jonathan Vieira de Azevedo apontou que ambos os acusados eram lotados na Circunscrição Regional de Trânsito (CIRETRAN) de Ribeirão Pires e tinham acesso autorizado a códigos restritos do Exército e da Polícia Militar.

Essas senhas foram usadas de forma indevida para emitir 3.983 CNHs de forma fraudulenta entre dezembro de 2014 e junho de 2015. Segundo o apurado, os códigos permitiam que as pessoas conseguissem a carteira de motorista sem fazer as aulas e provas necessárias.

“Isso foi feito de maneira rápida e enganosa, prejudicando a segurança no trânsito e a arrecadação de taxas em favor do erário estadual”, diz a petição inicial. Ainda conforme a Promotoria, para cada CNH indevidamente emitida, o erário estadual foi lesado em R$ 101,80.

A descoberta do esquema aconteceu quando um jogador de futebol de um grande clube paulista obteve a CNH apenas 20 dias após completar 18 anos. Geralmente, o cronograma de exames, aulas teóricas e práticas costuma levar cerca de três meses.

A Promotoria contou com o apoio do DETRAN nas investigações.

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