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Fotógrafo piracicabano confecciona réplicas de patrimônios históricos em papelão

Fotos: Mateus Medeiros

Durante mais de 40 anos Paulo Tibério, o Pauleo, de 67 anos, fotografou para tudo quanto foi tipo de reportagens para a imprensa de Piracicaba (SP) e região. Depois que foi desligado do último serviço com carteira assinada, ele foi ajudar a filha no restaurante dela.

Numa viagem de volta de uma praia do litoral paulista, passando por São Paulo, capital, ele achou interessante a instalação de uma favela vertical, tirou uma foto, mas pensou em fazer algo que não fosse uma revelação da fotografia.

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Durante alguns dias, segundo ele, ficou pensando no que poderia fazer. Até que, andando por uma rua de Piracicaba, deparou com uma moldura de espelho, caída ao chão, e chegando em casa colou um papelão no fundo da moldura.

Lidando aqui e ali, Pauleo conseguiu fazer a réplica e não parou mais de idealizar maquetes sendo, a maior parte de Piracicaba. A mais recente, e que ele levou somente três dias para deixar pronta, é a do estádio Barão da Serra Negra, o campo do XV de Piracicaba.

O material que o fotógrafo utiliza é somente papelão, tinta guache, e neste caso usou também canelas pretas e brancas. A caneta branca deu o formato real das linhas do gramado. Quando alguém vê as maquetes de Piracicaba, tem a impressão de estar fazendo um tour pela cidade.

Entre as réplicas da cidade, o fotógrafo já fez o prédio da Esalq/USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), Hotel Central, Igreja Metodista, Casa do Povoador, Museu da Água, EEP (Escola de Engenharia de Piracicaba), Igreja Bom Jesus, Museu Miss Martha Whatts, entre outras que somam mais de 30 réplicas.

A riqueza de detalhes do artista que, diz passar horas se sentindo como se estivesse numa terapia, é o que chama a atenção. Pauleo também fez peças de patrimônios do exterior como o Coliseu de Roma e a Torre de Pizza. Uma maquete ousada, que ele fez através de fotos, foi do edifício Comurba, de Piracicaba, que desabou em 1.964.

QUANTO CUSTA? O fotógrafo diz que suas peças não têm preço, mas muita gente o procura querendo comprá-las. “O que eu pretendo, mesmo, é fazer uma exposição com minhas peças. Penso em, depois disso, doar cada maquete para cada patrimônio que reproduzi”, explicou.

Pauleo também não possui uma página na internet só para suas maquetes. “Eu gosto mesmo é de passar o tempo fazendo elas”, completou.

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