A Fórmula 1 anunciou que o autódromo José Carlos Pace (Interlagos), em São Paulo, continuará a receber a etapa brasileira do circuito mundial até 2025. Em comunicado divulgado nesta quarta-feira (16), a categoria informou que a prova passará a se chamar Grande Prêmio de São Paulo e que a edição do ano que vem está marcada para 14 de novembro, sendo a antepenúltima do calendário de 2021, que ainda será homologado pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA).
“O Brasil é um mercado muito importante para a Fórmula 1, com fãs devotos e uma história longa no esporte. A corrida no Brasil sempre foi um destaque para fãs, pilotos e parceiros. Esperamos proporcionar aos torcedores provas excitantes em Interlagos, tanto em 2021 como nos anos seguintes”, afirmou o presidente da categoria, Chase Carey, no comunicado.
São Paulo recebe a etapa brasileira da Fórmula 1 em Interlagos desde 1972. As exceções foram 1978 e o período entre 1981 e 1989, quando a corrida foi disputada no Rio de Janeiro. Em 2020, em razão da pandemia do novo coronavírus (covid-19), a prova foi cancelada. A capital fluminense concorria para receber o Grande Prêmio a partir do ano que vem, em um circuito que ainda será construído em Deodoro, zona oeste do município. A falta de licença ambiental impediu o início das obras do autódromo carioca.
Segundo a prefeitura de São Paulo, análise da Fundação Getúlio Vargas (FGV) identificou que a última edição do evento (2019) teve impacto econômico de R$ 670 milhões na cidade, com 8,5 mil postos de trabalho criados, relacionados especificamente à prova. “Temos estudos que mostram que para cada um real investido no GP de São Paulo, temos retorno de R$ 5,20 para a economia local”, comentou o prefeito Bruno Covas em nota à imprensa.
O agora GP de São Paulo passa a ser promovido pela Brasil Motorsport, que pertence à Mubadala, empresa global de investimentos com sede em Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos). A nova promotora substitui a International Publicity (Interpub), cujo contrato com a Fórmula 1 se encerra neste ano.
“O brasileiro é aficionado por esportes a motor e velocidade e o Brasil tem uma tradição de ter grandes pilotos, o que criou uma grande legião de fãs do esporte no país. Acredito que a partir da experiência que temos com importantes marcas globais, podemos fazer um grande trabalho unindo esporte, marcas e entretenimento. Vamos proporcionar novas experiências para o público”, concluiu Alan Adler, executivo sênior da Brasil Motorsport, também no comunicado da Fórmula 1.