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Família de homem que foi agredido na cabeça e ficou vegetando clama por justiça; a vítima faleceu nesta terça-feira

Foto: Divulgação/Álbum de família

Faleceu na madrugada desta terça-feira (10), em Limeira (SP), José Vanderlim Lima Lopes, de 43 anos, que estava acamado desde o dia 17 de julho deste ano quando foi encontrado caído embaixo da cama, perdeu todos os movimentos, a fala, e foi descoberto, segundo familiares, que ele foi espancado por uma pessoa que mora na mesma rua.

Segundo familiares de Vanderlim, quando ele deu entrada no hospital, inicialmente, o caso foi tratado como acidente doméstico. Porém, um dos médicos atestou que o ferimento era resultante de agressão, pois o trauma de crânio era grave.

“Quando soubemos que foi espancamento e o nome de quem havia agredido ele, fomos na delegacia do Morro Azul (2º DP), para informar o que havíamos descoberto, a orientação era para que conseguíssemos um advogado, que ele obtivesse o laudo do médico e assim fariam o registro. Corremos atrás, arranjamos o advogado, levamos o laudo e foi feito o BO da agressão. Só que, até agora, não temos nenhuma resposta, nem da polícia e nem da Justiça”, disse.

Vanderlim, que já estava em casa, praticamente vegetando, faleceu nesta madrugada após ser levado para o hospital. “Depois que ele veio para casa, a única coisa que fazia era abrir o olho. Meu irmão era uma pessoa ativa, que fazia companhia e ajudava a cuidar do meu pai. Ele voltou do hospital com sequelas, segundo os médicos, irreversíveis.. Até o momento, não temos nenhuma resposta sobre o caso, nem da polícia e nem da Justiça”, disse o irmão.

“Eu gostaria só de saber o motivo, o que não justifica tamanha barbárie”, completou.

INVESTIGAÇÃO

O delegado Siddhartha Carneiro Leão, do 2º Distrito Policial de Limeira, informou que primeiramente irá ouvir a familiar de José Vanderlim que registrou o Boletim de Ocorrência no DP, no dia 22 de julho, e a partir das informações será instaurado Inquérito Policlal, Disse, ainda, que a unidade policial não recebeu nenhum laudo, quando do registro da ocorrência, e não requisitado na época porque ele estava internado na UTI.

Para quem lê o Boletim de Ocorrência, de acordo com a autoridade policial, num primeiro momento não dá impressão que ele estaria internado por conta da agressão e, sim, por conta de uma convulsão que foi constatada por um parente. “De qualquer forma nós solicitaremos o prontuário médico completo para o departamento jurídico da Santa Casa”, declarou.

Em relação à pessoa que é apontada como autora das agressões, segundo o doutor Siddhartha, ela será intimada a prestar declarações e uma vez provado, havendo indício de que houve nexo de causalidade entre as agressões e o óbito da vítima ele deverá, também, ser indiciado.

Com relação ao que disse um irmão de José Vanderlim, de que a família deveria conseguir um advogado para requerer o laudo do hospital, que atestou o trauma de crânio, Siddhartha respondeu que “isso é um absurdo, não sei se foi o estagiário que atendeu na ocasião, e vamos perguntar a ele, porque não existe necessidade nenhuma.

“O que a gente faz é requisitar o exame de corpo de delito, o que deveria ter sido feito após a saída dele da UTI, mas a família dele não nos procurou para nos comunicar. Sobre o segundo registro, não encontramos o Boletim de Ocorrência no sistema, mas vamos procurar”.

Sobre a morte da vítima, segundo a autoridade policial, ocorrida nesta madrugada, deveria ter sido feito Boletim de Ocorrência para ser requisitado o exame necroscópico e não foi feito. “Quando ficamos sabendo do óbito, o sepultamento já estava acontecendo e não dava mais tempo de enviar o corpo para necropsia. Mas, normalmente, um óbito é comunicado à polícia”, disse.

O exame necroscópico seria o mais importante, segundo ele, o qual destacou que havendo necessidade futura poderá ser requisitada a exumação.

Aos familiares, e amigos de José Vanderlim, nossas sinceras condolências.

 

 

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