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Existe mesmo relação entre Reumatismo e as dores no frio?

Quando os dias começam as ficar mais frios, principalmente entre os meses de junho até agosto, é bem comum ouvir frases do tipo: “Ai, estou com dor nas juntas!”. Quem tem familiares que moram ou moraram em cidades do interior estão bem acostumados a escutar isso. E essa dor, em muitos dos casos, é relacionada ao Reumatismo. Mas será mesmo que há relação entre frio e reumatismo ou é crendice popular?

Segundo a médica reumatologista, Sonia Fialho, do Centro Catarinense de Imunoterapia (CCI), em Florianópolis, durante o inverno é muito comum um aumento na incidência das dores no corpo, mas isso não quer dizer que o número de casos de reumatismo aumente também. O que pode ocorrer é que pessoas que têm reumatismo diagnosticado sintam uma piora nas dores nesta época do ano.

“Esse fenômeno costuma se dar dor por várias razões. A primeira delas é que todas as estruturas que compõem o nosso corpo ficam mais enrijecidas e menos maleáveis, tornando os tecidos mais susceptíveis a lesões. Por exemplo, um jogador de futebol precisa se aquecer antes de entrar no jogo justamente para não se machucar. Músculos e tendões que estão rígidos têm mais propensão ao rompimento. Mas não é só isso, as pessoas no inverno tendem a ficar com o corpo recolhido para se aquecer. Essa postura acaba gerando contraturas musculares que podem ser bastante dolorosas. E ainda tem a tendência de ficar mais em casa e se exercitar menos. E o exercício físico é fundamental para se ter uma boa saúde osteoarticular”, explica

Mas, e o que é o Reumatismo? De acordo com Sonia, esse é um termo conhecido popularmente e que faz referência às doenças que acometem o sistema osteoarticular, ou seja, as articulações (juntas), ossos, músculos, bursas e tendões. A médica destaca ainda que existe o conhecido “reumatismo no sangue”, que tem envolvimento de outros órgãos e sistemas do corpo, além do osteoarticular.

A dor é um sinal comum em quase todas as situações de reumatismo, por isso é fundamental a avaliação por um reumatologista, que é quem poderá diferenciar as dores apresentadas pelos pacientes. A médica enfatiza que além da dor, as pessoas devem ficar atentas a outros sintomas como fadiga, manchas na pele, tosse, falta de ar, alteração na urina ou mudança na coloração das mãos com o frio ou estresse.

“Há muito pouco tempo quem recebia um diagnóstico de doença reumática recebia junto uma sentença terrível. Hoje, tudo mudou e temos uma série de tratamentos e a pessoa que apresenta um reumatismo tem condições de levar uma vida absolutamente normal, feliz e sem dor”, salienta a médica

E engana-se quem diz que reumatismo é uma doença de idosos, segundo Sonia, a doença não respeita idade, gênero, classe social ou raça. As causas dos diferentes reumatismos, de acordo com a médica, ainda não estão completamente compreendidas, mas existe um consenso geral de que elas envolvam uma associação de fatores genéticos e ambientais. Dentre os fatores ambientais, que são os modificáveis, algumas ações como uma boa higiene dentária, evitar o uso de drogas ou cigarros, a realização de atividades físicas, boa alimentação e a redução do estresse possam ajudar e prevenir o risco da doença.

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