Um novo desafio na carreira desse gigante de 2m08. Aos 36 anos, o limeirense Leandro Araújo da Silva, o Leandrão, está deixando o vôlei de quadra para tentar o sucesso na areia.
Maior nome do vôlei limeirense, o oposto jogou em inúmeras equipes de ponta do Brasil, como Taubaté, Sada/Cruzeiro, Banespa, Minas Tênis e Ulbra/RS.
Fora do país, atuou na Polônia, Japão, Coréia do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Irã, Dubai e Qatar.
Em 2001, quando estava em Minas e havia conquistado dois Campeonatos Brasileiros, foi convocado pelo técnico Bernardinho para a Seleção Brasileira, onde permaneceu por seis anos.
Disputou duas Ligas Mundiais e conquistou uma.
Detém o título de melhor jogador do mundo, quando disputou o Mundial na Bélgica pelo Ulbra/RS, que foi finalista e vice diante do Piacenza, da Itália.
Em 20 anos de carreira, foi vice-campeão japonês com o Torei Arrrows e vice sul-coreano com o Samsung.
Leandrão está feliz com a decisão tomada. Seu último clube foi o Araçatuba, onde disputou a Superliga C. O jogador explicou que na areia o impacto é menor para os joelhos e que agora pensa em ficar mais próximo dos três filhos.
O primeiro passo do gigante é procurar um parceiro. Nomes como o de Felipe Barnabé, proprietário da loja Amor e Chocolate, e o de Mirão estão em pauta. Os dois formaram a melhor dupla de vôlei de areia da cidade, representando Limeira em várias edições dos Jogos Regionais.
Leandrão está captando patrocinadores para iniciar o projeto.
“Quero começar pelo Paulista. Depois o Brasileiro e quem sabe até, num futuro, buscar uma vaga olímpica. No vôlei de areia a idade não pesa tanto assim. A experiência conta muito. Tem jogador com 44 anos que brilha até hoje. É por isso que acredito que posso ter sucesso também na areia. Sem contar que a altura ajuda muito”, explicou.
Se algum empresário quiser abraçar esse projeto, é só ligar para o (19) 98325-5701.
Leandrão gostaria de contar com o apoio da Secretaria de Esportes, para poder também ensinar os limeirenses a jogar vôlei, passando toda sua experiência, inclusive internacional. “Sempre tive vontade de comandar uma escolinha na cidade. Cheguei até conversar com o secretário Zanon.
Precisava apenas do Ginásio Santo André. Mas não deu certo. Quem sabe um dia eu consiga colocar em prática”, frisou.
Um dos filhos de Leandrão pode chegar a 2m10. Alan Araújo, de apenas 12 anos, se destaca no basquete e vem treinando no Vô Lucato.
“Vejo muito futuro nele. Puxou o DNA de atleta do pai. Quero acompanhá-lo sempre. To feliz por ele”, contou.