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Ex-goleiro limeirense não sofreu dois gols de Maradona, como imaginava

A Argentina derrotou o Brasil por 3 a 1, em 1980, pelo Torneio Pré-Olímpico de Bogotá, na Colômbia. O goleiro da nossa seleção era o limeirense Luís Henrique Dias, o Pinóquio.

Pois bem, um baixinho, camisa 10, marcou dois gols para os hermanos, um de falta e um de pênalti. Pinóquio acreditava ser o saudoso Diego Armando Maradona.

“Pela forma como bateu na bola, poderia ter sido ele. O Maradona estava começando sua brilhante carreira naquele período e serviu as seleções de base do seu país. Até hoje eu tenho essa curiosidade”, disse.

Acontece que o ex-goleiro não encontrava registros na internet sobre os gols argentinos daquela partida, apenas que o tento brasileiro foi anotado por Gerson.

Mas Kina Mercuri, o especialista em desvendar mistérios, conseguiu encontrar em seus arquivos a ficha técnica daquele jogo. O camisa dez argentino, autor dos dois gols, era Meza e não Maradona.

A Argentina venceu com: Quiroga, Oropel, Nieto, Veloso e Ocaño; Ludueña (Rondón), Rinaldi e Meza; Bocanelly (Tartalo), Randazo e Hovos.

O Brasil perdeu com Luís Henrique, Édson Abobrão, Vágner Basílio, Mauro Galvão e João Luís; Vitor, Dudu e Cristóvão; Jorginho (Mica), Anselmo e Gerson (Cléo).

Carreira

Pinóquio, que vestiu as camisas de Ponte Preta, Coritiba, Paraná Clube, Criciúma, foi entrevistado no Pimba nos Esportes e deu um show com suas histórias.

Foi o goleiro do São José no vice-campeonato paulista em 1989, na derrota para o São Paulo por 1 a 0.

Com 19 anos, o limeirense foi convocado pelo técnico Mário Travaline e ajudou o Brasil a conquistar os Jogos Pan-Americanos de San Juan, em Porto Rico, em 1979. Foram cinco jogos e cinco vitórias.

O arqueiro sofreu apenas um gol, de pênalti, na vitória sobre a Costa Rica por 3 a 1. “Eu defendi a cobrança e o árbitro mandou voltar. Só assim mesmo”, sorriu.

Na memorável final, o Brasil derrotou Cuba por 3 a 0, no Estádio Sixto Escobar, diante de 10 mil torcedores – recorde para o torneio até então. Os gols foram marcados por Gerson, Silva e Luís Cláudio.

Luís Henrique foi convocado pela primeira vez para a Seleção Brasileira em 1977, quando tinha apenas 17 anos de idade.

No ano seguinte, defendeu o time juniores do Brasil no Torneio de Toulon, na França, onde enfrentou a nata do futebol mundial.

Pinóquio também participou do grupo que foi medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, nos Estados Unidos, em 1984.

O Brasil tinha como técnico Jair Picerni e Luís Henrique disputava a posição com Gilmar Rinaldi, hoje agente Fifa, e Mano Menezes, hoje treinador.

O elenco brasileiro contava com Luís Carlos Winck, Pinga, Mauro Galvão, André Luís, Dunga, Ademir, Milton Cruz, Silvinho, Kita (artilheiro e campeão paulista com a Internacional em 1986), entre outros.

O Brasil perdeu apenas a final para a França por 2 a 0. Foi também a última convocação do limeirense para a seleção canarinho.

Luís Henrique curtiu um ano sabático. Seu último trabalho foi em Corumbá. Por muito tempo foi auxiliar de Márcio Araújo, que hoje integra a comissão técnica do São Paulo com Fernando Diniz.

Pinóquio trabalho em vários clubes depois que aposentou as luvas. Fez bons trabalhos no Rio Claro, Barueri, Bahia e Goiás.

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