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Evento cívico homenageia limeirenses da Revolução Constitucionalista de 32

Foto: Wagner Morente/GCM

Neste domingo (9), a Comissão Municipal de Civismo realizou um evento na Praça do Soldado Constitucionalista de 32 para prestar uma emocionante homenagem aos limeirenses que integraram a força paulista durante a Revolução Constitucionalista de 32. Essa data, 9 de julho, marca o movimento histórico que ocorreu há 91 anos, com duração de julho a outubro, e teve como objetivo principal a promulgação de uma nova constituição para o Brasil. Veja as imagens do evento:

A iniciativa da Comissão Municipal de Civismo ressalta a importância de valorizar o legado histórico desses heróis que lutaram bravamente em defesa dos ideais constitucionais. O evento cívico reuniu familiares, autoridades e a população local para relembrar e enaltecer a coragem e o compromisso daqueles que defenderam os princípios democráticos e a liberdade.

Durante a cerimônia, foram realizadas diversas atividades simbólicas, como a deposição de flores no monumento em homenagem aos combatentes e a execução do Hino Nacional.

A REVOLUÇÃO
A Revolução Constitucionalista de 1932 foi um importante episódio da história do Brasil que ocorreu entre os meses de julho e outubro daquele ano. O movimento teve como objetivo principal a luta pela promulgação de uma nova constituição para o país, que restabelecesse a democracia e garantisse direitos fundamentais.

Naquela época, o Brasil era governado por Getúlio Vargas, que havia assumido o poder após um golpe de Estado. O descontentamento com o governo provisório de Vargas, que governava através de decretos, sem uma Constituição formal, foi aumentando entre diversos setores da sociedade.

O estopim da revolta foi o assassinato do jovem estudante de direito, Martins, em 23 de maio de 1932, durante uma manifestação estudantil em São Paulo. Esse evento gerou uma onda de protestos e indignação, culminando no início da revolução.

A cidade de São Paulo foi o principal centro de resistência contra o governo de Vargas. A população, com o apoio das forças políticas e militares, organizou-se em defesa da legalidade e da democracia, exigindo a convocação de uma Assembleia Constituinte para a criação de uma nova Constituição.

Durante a Revolução Constitucionalista, os paulistas enfrentaram as tropas do governo, que eram superiores em número e armamento. A luta foi intensa e mobilizou não apenas os soldados, mas também civis e mulheres que auxiliaram nas frentes de batalha.

Apesar do esforço e da coragem dos revoltosos, a revolução foi sufocada pelas forças do governo em outubro de 1932. Estima-se que cerca de 800 pessoas tenham morrido durante os combates, entre civis e militares.

Apesar da derrota militar, a Revolução Constitucionalista de 1932 teve um papel fundamental na história do Brasil. O movimento despertou a consciência política do povo brasileiro, fortaleceu o sentimento de nacionalismo e pressionou o governo de Vargas a convocar uma Assembleia Constituinte em 1933, que resultou na promulgação da Constituição de 1934.

O legado da Revolução Constitucionalista é o símbolo da luta pela democracia e pelos direitos constitucionais no Brasil. A coragem e o espírito de resistência dos paulistas durante esse período são lembrados e celebrados até os dias de hoje, como um exemplo de determinação e amor à pátria.

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