Alunos do curso de arquitetura da PUC Campinas conheceram a Olaria Ecológica de Limeira nesta quarta-feira (26). Profissionais da Secretaria de Habitação ministraram oficina de fabricação de tijolos ecológicos. Os alunos puderam fazer tijolos e construíram uma parede para a vivência de todo o processo. O material será doado a famílias usuárias dos serviços do local. A secretária Marcela Siscão recepcionou os presentes e acompanhou parte das atividades. “Essa parceria e aproximação é muito interessante para nós; a expectativa é que possamos também contribuir com a formação desses estudantes”, disse.
O professor Luís Alexandre Amaral frisou que a atividade é importante para aproximar a academia da técnica. “Estamos sensibilizando os alunos da função social do arquiteto e da habitação de interesse social”, falou. Para o professor, é necessário desmistificar o olhar da sociedade para o arquiteto. “Não somos profissionais focados na elite, nossa atuação é importante em todos os tipos de realidade.”
Fernanda Fideles, 24, é aluna do 5º ano e participou da oficina para ver mais de perto a prática da olaria. “Eu já conhecia o trabalho, mas agora consigo entender melhor as dificuldades do processo de fabricação desses tijolos”, disse. Já Carolina Moscon, 22, vê como um complemento para a sua formação. “Quero atuar com arquitetura sustentável e social, e conhecer o funcionamento desse projeto está sendo importante pra mim.”
Projeto de Extensão
Durante 2016, a Prefeitura de Limeira foi parceira de um projeto de extensão universitária, liderado pelo professor Amaral. Este ano, o trabalho terá continuidade. Amaral contou que foi possível desenvolver atividades interessantes a partir da estrutura que já existe na cidade. Entre as atividades da iniciativa, está o desenvolvimento de projetos residenciais e assistência técnica às famílias. “O principal ganho para os alunos foi ver que alguns projetos saíram do papel e foram construídos”, disse.
A novidade para este ano será a criação de projetos de conjuntos residenciais verticais. “Onde hoje é possível atender duas famílias, queremos propor que seja possível atender até oito.” Ele ainda destacou que a intenção é dar um uso variado para o imóvel, permitindo que o térreo tenha destinação comercial. “É uma forma de pensar a cidade, alimentar o espaço público”, falou.