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Estudante de direito é chamada de “chinesa porca” por idosa no metrô do Rio de Janeiro

Uma estudante de direito sofreu um episódio de racismo dentro de um vagão no metrô do Rio de janeiro na última sexta-feira (31). Marie Okabayashi, de 23 anos, descendente de japoneses, e universitária da UFRJ relata que foi chamada de “chinesa porca” por uma idosa. O caso foi registrada na polícia pela jovem.

A Polícia Civil confirmou o registro da ocorrência e disse que a mulher já foi identificada e será ouvida na delegacia especializada.

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A estudante contou que entrou no trem do metrô na estação Siqueira Campos, em Copacabana, Zona Sul, e ia para a estação Carioca. Segundo ela, a senhora, que já estava no vagão, começou a falar sobre a população asiática. Por achar as ofensas absurdas, Marie Okabayashi disse que começou a filmar a situação e descobriu que o alvo das agressões era ela própria.

De acordo com a universitária , ela achou que no primeiro momento ela não estava falando com ela.

“Quando eu passei na direção dela, ela começou a berrar. Ela gritou ‘chinesa, porca’. Eu perguntei se ela estava bem e eu saí andando. Ela disse ‘sua nojenta, fica passando doença para todo mundo’. Ela ficou de pé me xingando e ficava mostrando o dedo do meio”, disse.

Segundo Marie, a idosa afirmava que chineses e asiáticos de modo geral estão contaminados pelo coronavírus, e aproveitou o assunto para expor o preconceito que tem sobre pessoas com descendência oriental.

“Ela falou isso porque o assunto está em evidência, toda hora se fala do coronavírus. As pessoas acham qualquer tipo de desculpa para justificar o racismo delas e procuram justificativas para mostrar o ódio em público. Ela falava aquilo e olhava para os lados para ver se conseguia a adesão de alguém”, disse Marie.

Marie contou ainda como foi a reação dos outros passageiros.

“O metrô estava lotado e ninguém falava nada, só uma menina balançava a cabeça em sinal de reprovação”, completou.

O vídeo viralizou na internet após a estudante publicar em seu Twitter. Internautas ficaram indignados com a situação e algumas pessoas identificaram a idosa. Marie disse que decidiu fazer o registro do caso na Delegacia de Combate a Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) três dias após o episódio.

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