Três homens, com idades entre 24 e 42 anos, foram presos nesta segunda-feira (5), numa ação rápida de policiais civis da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), de Americana (SP), que chegaram até eles no instante em que se preparavam para aplicar um golpe de estelionato e que teria como vítima um homem que anunciou um veículo, para venda, com intuito de dar entrada em um imóvel.
A percepção do anunciante foi fundamental porque, antes de fechar o negócio, ele fez pesquisas e, na hora de assinar o contrato, observou que alguns dados não batiam. Segundo apuraram investigadores da DIG, após encontrar um imóvel de seu interesse, a vítima fez contato com o responsável pela imobiliária, onde lhe foi dito que seu veículo seria aceito como parte do pagamento e que a venda seira efetivada através de uma imobiliária da rua José Ferreira Aranha.
Consta que, durante as negociações, a vítima ficou desconfiada da postura do tal vendedor e procurou o real dono do imóvel, o qual informou que não sabia de nenhuma transação em andamento. O proprietário do imóvel também falou que o valor que foi repassado para a vítima estava bem abaixo de suas pretensões para venda.
Mesmo desconfiada, a vítima compareceu na imobiliária para assinatura de contrato. Ao ver o real nome do vendedor no contrato, se deu conta de que não era o mesmo nome com o qual o sujeito se identificou durante as negociações.
Desta forma, a equipe da DIG de Americana foi acionada e os policiais foram imediatamente para a imobiliária. No local, foram abordados dois funcionários e logo chegou um terceiro, que se apresentou como corretor e cobrador do estabelecimento. Com ele foi apreendida uma pistola 9mm.
Após pesquisas nos sistemas policiais, verificou-se que os investigados estão envolvidos em dezenas de crimes de mesma natureza (estelionato) e que o líder do grupo vendia imóveis sem autorização e auferia vantagens de valores vultosos em desfavor de inúmeras vítimas, sendo que chegava a vender o mesmo imóvel para duas pessoas.
Apresentados na sede da DIG, os três foram indiciados na associação criminosa, estelionato e porte de arma de uso restrito. Terminado o flagrante, eles foram recolhidos numa das celas da cadeia pública de Sumaré (SP), para serem ouvidos em audiência de custódia. A prisão preventiva deles foi decretada, o que vai garantir que fiquem presos até o julgamento.