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Escolha cuidadosamente com quem dividir sua vida!

Foto: Pexels

Como é bom ter amigos! Como é gostoso conversar com eles, rir juntos, tomar um café, participar de um happy hour, como é bom ter pessoas para quem telefonar e contar uma boa notícia, como é confortante a ideia de que teremos quem nos ouça, nos conforte e nos dê colo quando precisarmos, amigos são uns presentes, porém presentes que devem ser cuidadosamente escolhidos por nós.

Um happy hour, um café, uma conversa divertida são uma delícia e podem ser cheias de amigos, podem ocorrer diversas vezes e estes amigos sempre estarão lá.

Entretanto, passar pelo ‘vale das sombras’ é difícil, é chato, é dolorido, triste, nos consome, nos tornamos ‘chatos’, nossas dores nos machucam todos os dias e todas as horas, nossos pensamentos ficam muito voltados para elas, para os problemas e suas possíveis soluções, sofremos!

Happy hours e cafés não são mais parte desse momento de nossas vidas, ‘não temos cabeça’ para isso, não conseguimos rir com a naturalidade de antes. Sorrimos, apenas e o fazemos para sermos gentis, para sermos recíprocos. Horas e horas de conversas divertidas não são mais parte desses momentos, até conversamos, conseguimos ‘jogar alguma conversa fora’, mas não como antes, à época em que tudo ia bem…

‘Áh, mas é preciso que a gente não fique o tempo todo voltada para os problemas’… ‘Áh, mas não pode ser assim, afinal a vida continua’, essas são algumas das frases ‘motivacionais’ que escutamos. É claro que não choraremos o dia todo, não deixaremos de trabalhar, de cumprir nossos compromissos, mas nem sempre estaremos bem para risadas, confraternizações e etc, afinal, estamos vivendo dias complicados, não é? Esses dias li uma frase muito interessante em uma postagem em rede social. Ela dizia mais ou menos assim: “Nossa, você anda o tempo todo de cara fechada, que horror e a pessoa em questão responde: meu bem, minha vontade é andar por aí chorando, então está tudo bem.”. É isso: ninguém sabe o que se passa verdadeiramente dentro de nós, ninguém sabe nossas dores e porque estamos ‘de cara fechada’ e não cabe a ninguém julgar nosso momento e como lidamos com tudo.

E nossos amigos? Essa é a peneira, não é? Percebemos que muitos não estão mais por aqui e tão presentes, estes são os colegas de confraternizações, não são os amigos. Outros nos escutam, mas sempre acham que têm a solução ou sempre acham que seus problemas são ou foram maiores, estes são os colegas competidores, estamos competindo (sem estar) por quem tem ou teve problemas piores e lidou de forma correta e mais acertada. Existem os que perguntam, ‘por educação’, mas não querem saber de nada e quando falamos percebemos que somos chatos, esses são os “Não me amole com suas questões”, existem os que falam de nós, de nossas vidas e de nossos problemas ‘por aí’, esses são os “Amigos boca aberta”, desses fuja. Poucos são os que chegam e ouvem e pensam juntos e tentam pensar em soluções (ainda que estas sejam difíceis), enfrentam conosco nossas chatices, nossos momentos de ‘chororô’ e não competem, não somem, não se afastam, poucos são os que nos dão colo, nosso oferecem carinho, nos amparam em nossos momentos. Claro, amigos são raros e contamos nos dedos das mãos, não é? Esses são os amigos verdadeiros, aqueles que são “coisa pra se guardar debaixo de sete chaves, dentro do coração”, como cantou lindamente Milton Nascimento.

Lembremo-nos que “Dos outros só podemos esperar o que eles são, não o que nós somos ou gostaríamos que eles fossem.” Jey Leonardo.
Não culpemos os amigos das horas boas, os amigos competidores, os amigos dos silêncios ‘cri-cri-cri’, apenas aprendamos a dividir nossas questões com aqueles que nos ajudam a nos sentirmos bem nesses momentos. Enfrentar os problemas e as dores fica mais fácil se soubermos onde encontramos o amor e o colo que precisamos.

Desejo que cada um de vocês encontre e tenha pelo menos um amigo verdadeiro, um amigo que seja aquele que divide alegrias, risos, que comemora junto e que senta para passar pelas tempestades da vida de mãos dadas com vocês.

Encerro com um convite a reflexão: “No final, não nos lembraremos das palavras dos nossos inimigos, mas do silêncio dos nossos amigos.” Martin Luther King

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