Uma erupção solar significativa ocorreu no último dia 10 de março, levando a apagões de rádio em várias regiões do Brasil e da África. A explosão, originada na mancha solar AR3599, emitiu um forte fluxo de raios X e radiação ultravioleta extrema, afetando as comunicações por rádio amador e provocando blecautes em frequências de 30 a 35 MHz.
Apesar de a mancha solar AR3599 não ser particularmente grande ou possuir complexidade magnética elevada, ela foi capaz de gerar uma explosão de classe M7.4, aproximando-se do limiar de um evento considerado forte. Como resultado, operadores de rádio ficaram sem sinal por aproximadamente 30 minutos, especialmente ao longo da costa leste do Brasil, impactando as regiões Sudeste e Nordeste.
Além do apagão de rádio, a explosão solar resultou em uma ejeção de massa coronal (CME) que lançou uma nuvem de plasma no espaço a cerca de 750 km/s. Modelagens da NASA indicam que, embora a CME não deva atingir diretamente a Terra, existe a possibilidade de um “golpe de raspão” na terça-feira seguinte ao evento. Tal contato, no entanto, não apresenta riscos significativos e pode até possibilitar a observação de auroras boreais em latitudes mais ao norte.
O Máximo Solar e Seu Impacto
As recentes erupções solares intensas sugerem que podemos estar entrando no período do máximo solar, a fase de maior atividade dentro do ciclo solar de aproximadamente 11 anos. Até o momento, a erupção mais potente foi registrada pela mancha AR3514, com um evento de classe X6.3, a explosão mais forte desde a classe X8.2 observada em 2017.
Estes fenômenos naturais destacam a dinâmica e a energia do Sol, lembrando-nos de sua influência contínua sobre o espaço ao redor da Terra e as tecnologias dependentes de comunicação por rádio. Enquanto cientistas e pesquisadores monitoram esses eventos, a sociedade pode se preparar melhor para possíveis interrupções e apreciar os espetáculos visuais que acompanham essas poderosas manifestações solares.