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“Era como se tivesse nascido do meu ventre”, diz policial após auxiliar parto

Dois policiais militares atendiam uma pessoa no bairro paulistano do Bom Retiro, na manhã desta quarta-feira (6), quando um homem chegou correndo, pedindo ajuda. Ele falava em espanhol porque, no desespero, não conseguia se expressar em português.

O problema do rapaz boliviano não era comum aos policiais do 13º Batalhão Metropolitano: a esposa dele, grávida, tinha acabado de entrar em trabalho de parto. A moça foi colocada dentro de uma viatura, na Rua Barra do Tibagi, mas o bebê não quis esperar a ambulância.

“Era uma situação nova na profissão. Estou na PM há dois anos, nunca tinha me deparado com uma ocorrência assim. Eu tentava tranquilizar a mãe, conversando e até perguntando o nome da menina”, relatou a soldado Mariane Matos de Oliveira Melo.

Foi pelas mãos de Mariane, com apoio do sargento Alexsandro Graciano, que a pequena Celeste veio ao mundo. “Eu sou mãe de um menino de três anos e mesmo assim a sensação foi única, era como se a menina também fosse minha filha, como se tivesse nascido do meu ventre”, disse.

Passada a adrenalina, o casal – que ainda não sabia como a soldado se chamava – pediu que ela anotasse seu nome em um papel. “Eles olharam, se olharam, e o pai me disse que esse seria o segundo nome da menina. Seria Celeste Mariane”, contou, emocionada.

A policial militar de 22 anos e seu colega de farda encaminharam a família à Santa Casa de Misericórdia, onde mãe e filha receberam atendimento médico e passam bem. Sobre o momento especial de sua profissão, Mariane só encontrou uma palavra que resumisse: “Gratificante”.

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