A cantora Lexa anunciou nesta segunda-feira (10 de fevereiro) a morte de sua filha recém-nascida, Sofia, três dias após o parto. Em um desabafo nas redes sociais, a artista revelou que sofreu pré-eclâmpsia com síndrome de Hellp, o que levou ao nascimento prematuro da bebê.
Mas o que são essas condições e quais os riscos para a mãe e o bebê? Conversamos com especialistas para explicar os sintomas, fatores de risco, prevenção e tratamentos.
O que é pré-eclâmpsia?
A pré-eclâmpsia é uma condição obstétrica que ocorre após a 20ª semana de gestação e provoca um aumento significativo da pressão arterial da gestante. A doença afeta a placenta, responsável por nutrir o feto, dificultando o fluxo sanguíneo adequado.
📌 Principais sintomas:
✅ Pressão arterial igual ou acima de 140/90 mmHg (14 por 9)
✅ Inchaço no rosto e nas mãos
✅ Dor de cabeça intensa e persistente
✅ Ganho de peso repentino
✅ Dificuldade para respirar
✅ Alterações na visão (visão embaçada, luzes piscando)
✅ Dor abdominal intensa (especialmente do lado direito)
Se não tratada, a pré-eclâmpsia pode evoluir para eclâmpsia (convulsões ou coma) e a síndrome de Hellp, que foi o quadro enfrentado por Lexa.
O que é a síndrome de Hellp?
A síndrome de Hellp é uma complicação grave da pré-eclâmpsia, caracterizada por:
⚠️ Hemólise – destruição das células vermelhas do sangue
⚠️ Aumento das enzimas hepáticas – indicando risco de falência do fígado
⚠️ Baixa contagem de plaquetas – aumentando o risco de hemorragia
Essa condição pode levar à falência de órgãos vitais, como fígado e rins, colocando mãe e bebê em risco de vida.
Fatores de risco para pré-eclâmpsia
Algumas gestantes possuem maior propensão a desenvolver a doença. Os principais fatores de risco incluem:
📌 Primeira gestação
📌 Idade inferior a 18 ou superior a 40 anos
📌 Histórico de pressão alta, diabetes ou lúpus
📌 Obesidade
📌 Gestação de gêmeos
📌 Casos de pré-eclâmpsia na família
Prevenção e tratamento
A melhor forma de prevenir a pré-eclâmpsia é realizar um pré-natal rigoroso, com acompanhamento da pressão arterial e exames regulares.
💊 Algumas medicações podem reduzir os riscos em gestantes predispostas:
✔️ Cálcio – auxilia na dilatação dos vasos sanguíneos
✔️ AAS infantil (aspirina em dose baixa, 100 mg) – diminui a inflamação da placenta e melhora o fluxo sanguíneo (deve ser iniciada entre 12 e 16 semanas)
⚠️ Importante: Após 16 semanas, a placenta já está formada, tornando a profilaxia tardia ineficaz.
Nos casos em que a doença já se desenvolveu, o tratamento envolve:
🩺 Controle da pressão arterial com medicamentos específicos
🥗 Alimentação equilibrada, com baixo consumo de sal e açúcar
💧 Hidratação constante e aumento da ingestão de líquidos
🛌 Repouso e monitoramento contínuo da mãe e do bebê
Em casos graves, o parto pode ser antecipado para preservar a vida da mãe.
Quando a pré-eclâmpsia pode ocorrer?
📍 Durante a gestação (após 20 semanas)
📍 No pós-parto (até 72 horas após o nascimento)
Mesmo após o parto, a mulher pode desenvolver hipertensão e convulsões, sendo necessário acompanhamento médico.
A pré-eclâmpsia e a síndrome de Hellp são condições graves, mas o diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem salvar vidas. A tragédia vivida por Lexa e sua família chama atenção para a importância do pré-natal e da conscientização sobre essa doença.
Se você está grávida ou conhece alguém que está, incentive o acompanhamento médico regular e esteja atenta a qualquer sinal de alerta.