O empresário Luiz Claudio Salgueiro Galeazzi, de 61 anos, sua esposa, três filhos, a irmã, o cunhado, a sogra e duas crianças morreram na queda de um avião neste domingo (22), em Gramado, na Serra Gaúcha. Galeazzi era o proprietário e piloto da aeronave, um bimotor PA-42 Cheyenne, que decolou às 9h12 do aeroporto de Canela com destino a Jundiaí (SP).
Além das vítimas fatais, 17 pessoas em solo ficaram feridas, a maioria por inalação de fumaça. Dessas, cinco já receberam alta, enquanto 12 permanecem em atendimento médico. Duas estão em estado grave, com queimaduras, e uma delas foi transferida para Porto Alegre.
A aeronave colidiu com a chaminé de um prédio e atingiu uma residência, uma loja de móveis e uma pousada antes de cair. Destroços ainda alcançaram a pousada, onde estavam as duas pessoas que sofreram queimaduras graves.
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul e o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) investigam as causas da tragédia. Segundo o governador Eduardo Leite, as condições climáticas no momento da decolagem “não eram as melhores”, mas somente os especialistas poderão determinar se o voo era seguro.
A Prefeitura de Gramado suspendeu o tradicional desfile de Natal deste domingo, e o trânsito na Avenida das Hortênsias, local do acidente, permanece parcialmente interditado.
Luiz Claudio Galeazzi era sócio e CEO da Galeazzi & Associados, consultoria de gestão empresarial fundada por seu pai, Claudio Galeazzi. A mãe de Luiz Claudio também morreu em um acidente aéreo, em 2010, em Sorocaba (SP).
A aeronave envolvida no acidente estava registrada no nome de Galeazzi, com situação normal de aeronavegabilidade. No entanto, era destinada apenas para transporte privado, sem autorização para táxi aéreo.
O governador Eduardo Leite lamentou o acidente, destacando a tragédia como um momento de profunda dor às vésperas do Natal. As autoridades trabalham para identificar as causas do acidente e apurar as responsabilidades envolvidas. O Cenipa focará na prevenção de novos acidentes, enquanto a Polícia Civil apura a ocorrência para responsabilização criminal, se aplicável.