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Eclipse do Sol poderá ser visto na Região Sul do Brasil

Foto: Noah Wilke/Pexels

Na próxima quarta-feira, 2 de outubro, o Brasil terá a chance de observar um fenômeno raro e fascinante: o eclipse anular do Sol. Esse tipo de eclipse ocorre quando a Lua se alinha entre a Terra e o Sol, mas não cobre totalmente a luz solar, formando o famoso “anel de fogo”. O evento poderá ser visto de forma parcial em partes do Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, mas será mais visível na Região Sul.

O fenômeno

O eclipse anular acontece quando a Lua está em seu apogeu, ou seja, no ponto mais distante da Terra em sua órbita. Como resultado, a Lua parece menor no céu e não cobre completamente o Sol, o que cria o “anel de fogo” ao redor da sombra lunar. Segundo a astrônoma Josina Nascimento, do Observatório Nacional (ON), “quanto mais ao sul do Brasil, maior será a área do Sol eclipsada”.

Esse fenômeno poderá ser visto como um eclipse anular completo apenas em uma estreita faixa que passa pelos oceanos Pacífico e Atlântico e atravessa o extremo sul da América do Sul, em países como Chile e Argentina. No Brasil, o evento será parcial e poderá ser observado principalmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

Horários de observação

De acordo com especialistas, a observação do eclipse dependerá da localização do observador e do horário do pôr do sol. No Rio de Janeiro, por exemplo, o eclipse parcial começará às 17h01, atingirá seu ponto máximo às 17h42 e terminará com o pôr do sol às 17h52. Em outros estados, o horário de pico pode variar.

Para uma melhor visualização, é recomendado estar em um local com vista desimpedida para o oeste, já que o fenômeno ocorrerá próximo ao pôr do sol em grande parte do país.

Cuidados com a observação

Apesar do fascínio que o eclipse desperta, a observação direta do Sol sem proteção adequada pode ser extremamente perigosa. A astrônoma Josina Nascimento alerta para os riscos. “Nunca olhe diretamente para o Sol sem a devida proteção. Óculos escuros comuns, chapas de raio-X ou outros filtros improvisados não são eficazes e podem causar danos permanentes à visão”, ressaltou.

A melhor forma de observar o fenômeno com segurança é utilizando óculos de observação solar certificados ou vidros de soldador de grau 14. Esses dispositivos garantem que os danos causados pela intensa luz solar sejam evitados.

Transmissão ao vivo

Se você não puder observar o eclipse ao vivo, o Observatório Nacional fará uma transmissão em tempo real do evento. Em parceria com o projeto “Céu em Sua Casa” e o site internacional Time and Date, a transmissão estará disponível no canal do YouTube do ON. Isso permitirá que pessoas de todo o país acompanhem o fenômeno de forma segura e com explicações detalhadas de astrônomos.

A sequência de eclipses

Os eclipses solares e lunares frequentemente ocorrem em sequência. Esse eclipse anular do Sol é o “par” do recente eclipse parcial da Lua, que aconteceu entre os dias 17 e 18 de setembro. A inclinação da órbita da Lua em relação à Terra é responsável por esse fenômeno de ciclos consecutivos.

A expectativa pelo evento

Eclipses solares sempre despertam grande curiosidade e mobilizam observadores ao redor do mundo. No Brasil, o último eclipse anular ocorreu em 14 de outubro de 2023, sendo transmitido pelo Observatório Nacional para mais de 2,2 milhões de pessoas. A expectativa é de que a transmissão deste ano também atraia um grande público, reforçando o fascínio que eventos astronômicos como esse provocam em todos.

Para quem quer observar o eclipse diretamente, fica a dica: procure um lugar com uma boa visão do horizonte, prepare seus óculos de proteção e se programe para um espetáculo astronômico que só se repete algumas vezes por ano.

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