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E que venha 2021!

“De tudo ficaram três coisas… A certeza de que estamos começando…  A certeza de que é preciso continuar… A certeza de que podemos ser interrompidos antes de terminar… Façamos da interrupção um caminho novo… Da queda, um passo de dança… Do medo, uma escada… Do sonho, uma ponte… Da procura, um encontro!” Fernando Sabino

Essa reta final de 2020 merece ser contemplada com Fernando Sabino! 2020 não foi um ano fácil de forma alguma, do começo ao fim, fomos surpreendidos o tempo todo, perdemos, caímos, levantamos, novo tombo, rasteira, engatinhamos, nos escoramos, ficamos de pé, outra rasteira, fizemos planos, começamos a executá-los e fomos obrigados a interrompê-los, re-planejamos, com medo, mas fizemos, fomos obrigados a parar de novo, recomeçar, perdemos a vontade, a esperança, choramos, nos desesperamos, tivemos vontade de largar tudo e ‘fugir desse lugar, baby (…)’, como canta Skank, mas ficamos, um ballet infinito de quedas, tombos e nos colocando em pé, ficamos nos agarrando bravamente à certeza de dias melhores, mais fáceis, fomos resilientes, aprendemos muito e resinificamos nossos valores e nossas importâncias.

Esse foi o ano que encontramos apoio e acolhida, muitas vezes, de onde menos esperávamos, foi o ano que descobrimos que nossas certezas eram frágeis, que a vida é rara e efêmera.

Esse ano veio para nos relembrar o valor da vida, o preço incalculável da saúde, veio para nos mostrar que com saúde nos levantamos, refazemos planos, reconstruímos pontes, redescobrimos amigos, nos livramos de pessoas que não nos valorizavam, esse ano choramos de tristeza, de esperança, de alegria.

Ouvimos, muitas vezes, que deveríamos lembrar das cores usadas na virada de 2019 e mudarmos, devemos nos lembrar sim, do que desejamos e almejamos para este ano, independente do que tenha sido, descobrimos que a saúde é fundamental, que os abraços nos fazem uma falta gigante, que somos seres sociais e nos isolarmos nos maltrata demais, que alguns amigos serão para sempre e que outros passaram, que dinheiro é bom, mas não compra vida, ar, saúde, paz e estes bens são raros e devem ser cultivados. Devemos lembrar que o amor é a energia mais poderosa que temos, que ele é capaz de diminuir distâncias, que ele ajuda a curar, que ele nos faz reinventar nossa maneira de ser, que quanto mais oferecemos, mais o temos. Amor não precisa ser economizado, pois quanto mais o utilizamos, mais temos para utilizar.

Nossas pressas e prioridades foram revistas à força este ano, não? Fomos lembrados que nem sempre nossas pressas e prioridades são mesmo importantes, que precisamos desacelerar e melhorar. “Ninguém vai bater mais forte do que a vida. Não importa como você bate e sim o quanto aguenta apanhar e continuar lutando; o quanto pode suportar e seguir em frente. É assim que se ganha.” Rocky Balboa

Vou deixar que Lenine encerre essa coluna, uma reflexão bela, suave e poética: “Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma, até quando o corpo pede um pouco mais de alma, a vida não para, enquanto o tempo acelera e pede pressa, eu me recuso, faço hora, vou na valsa, a vida é tão rara (…)”

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