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E o que você faz pela paz?

“Todo mundo diz acreditar na paz, e você acredita ou não? E então, o que você faz pela paz? O que você faz pela paz? O que você faz pela paz? Todos são capazes da guerra, mas ninguém luta por você, você ainda está sozinho, ninguém acredita em ninguém” Branco Mello / Nando Reis / Paulo Miklos / Tony Bellotto

Dia 01 de janeiro é celebrado o dia Mundial da Paz, no ano de de 1967, o então Papa Paulo VI proclamou uma mensagem na qual foi estabelecida essa data comemorativa, com o objetivo de promover o sentimento da paz pelo mundo, então marcado pela Guerra Fria e pela instabilidade bélica. Todos os anos o Vaticano realiza uma cerimônia oficial sobre a data, havendo sempre um novo tema para o Dia Mundial da Paz escolhido pelo próprio Papa. O tema de 2020 é “A paz como caminho de esperança: diálogo, reconciliação e conversão ecológica”.

Começamos o ano festejando a ‘virada’ do ano, traçando planos, enfim, o 2019 foi um ano difícil e 2020 iniciou como uma promessa de ser melhor de renovar nossa esperança e nossa busca pela paz.

Infelizmente dia 03 de janeiro descobrimos que o diálogo havia perdido para o ataque, para o míssil, para uma guerra iminente. Estamos todos, hoje, assistindo atônitos os desdobramentos de uma ação norte-americana contra um general iraniano (o mais importante deles).

Em caso de conflito seremos todos lesados. O mundo todo lesado, com alta de preços, especialmente de combustível, com possibilidade de ataques (ainda que o Brasil, historicamente, tenha se mantido corretamente, neutro nos casos de conflitos bélicos). A economia mundial encontra-se já aguardando os desdobramentos negativos deste ataque: mercado cambial, petróleo e investimentos ficam instáveis diante e por conta deste cenário. Somos todos lesados quando vemos um míssil, uma bomba ceifando vidas, tomando o lugar do diálogo, da negociação da busca pelo entendimento. Somos todos lesados quando vemos um povo velar um líder, chorando e pedindo vingança nas ruas. Somos todos lesados quando tememos a resposta deste povo tão cheio de dor, em virtude deste ataque.

Nesta macro-escala não temos muito a fazer, a não ser pressionarmos nossos líderes para que mantenham-se na neutralidade e buscando a paz, como historicamente é nossa característica enquanto nação. Sempre fomos uma nação que buscou relacionamento e diálogo saudável com demais nações e isso não deveria se perder e mudar. Cabe a nós, enquanto nação pressionarmos para que permaneçamos assim.

Em nosso dia-a-dia, cabe a cada um de nós batalharmos pela paz. Vivemos tempos de muita polarização política, de grandes paixões que cegam e que impedem de dialogar, de enxergar erros e acertos.

A intolerância, a dificuldade de comunicação, a recusa em ouvir e escutar o outro faz de nós população facilmente manipulável. O diálogo não cabe apenas no âmbito político, mas em nosso dia-a-dia. É preciso que conversemos uns com os outros e busquemos entendimento, busquemos acordos, busquemos ‘trocar idéias’ e sairmos com boas soluções para nós e para os demais.

Encerro com um convite a reflexão: “A paz é a única forma de nos sentirmos realmente humanos.” Albert Einstein

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