Vou começar a coluna parafraseando Jota Quest porque é preciso, algumas vezes, ‘esquecermos de tudo, as dores do mundo’, é preciso não querermos saber quem fomos, mas sim quem somos.
Simples assim! Existem momentos na vida que, ou damos ‘um tempo’ de todos os problemas e de todas as críticas, cobranças, desgostos, infortúnios ou sucumbiremos e não daremos conta de resolvermos os problemas que estão em vigor no momento e os que entrarão em vigor a qualquer momento, pois esta é a vida…
Mas dar um tempo? Deixar de resolver? Não … Deixar de pensar o dia todo no mesmo problema, na necessidade de uma solução, remoer o acontecido, refazer diálogos, elaborar respostas que poderiam ter sido dadas naquele momento específico… Pense comigo: em que isso nos ajudará? Tire um tempo … respire …
Precisamos nos concentrar em quem somos, precisamos fazer aquelas ‘pausas’ providenciais, para nos reencontrarmos, nos re-conhecermos, nos colocarmos em pé de novo, no ‘prumo’, sabe?
Sabiamente já dizia Drummond “A vida necessita de pausas.”.
Necessita de pausas, SIM! Para estarmos em contato conosco mesmo, para analisarmos nossa vida, para observar o caminhar dela. Será que gostamos desse caminho? Será que estamos no caminho que traçamos? Claro que traçar um caminho e seguir à risca não é possível, tendo em vista o mundo ao nosso redor, mas nos desviarmos completamente da rota também não é só responsabilidade do ‘agente externo’… é nossa, são nossas ações, nossos “simS”, aqueles “nãoS” que não dissemos, aquele silêncio que fizemos para evitar uma ‘briga’ e nos corrói até agora, aquela briga que causamos sem motivo aparente e que nos marcou e ao outro … enfim, são nossas escolhas boas, ruins, são as pessoas que se aproximam de nós e ficam, são as pessoas em quem erroneamente colocamos nossa confiança, mas também são as pessoas que acertamos em termos por perto, em confiarmos, são nossos porto-seguros.
Nossas pausas são importantes para analisarmos nossas ações, nossos acertos, nossas mancadas, nossas tristezas, nossas perdas, nossos ganhos… nem sempre pausas são legais e gostosas, afinal, quem é que gosta de ver seus erros e mancadas, quem se foi, quem errou, quem traiu … mas isso é preciso! Porque melhorar é preciso, mudar é preciso, é vital! É saudável!
Como diria Clarice Lispector: “Observo em mim mesma as mudanças de estação: eu claramente mudo com elas.”.
Nessas pausas, teremos também muitos sorrisos pelos acertos, pelas coisas boas que fizemos, pelas pessoas lindas que entraram e ficaram e estão em nossas vidas e são nossos grandes porto-seguros. Pelo enorme crescimento que tivemos, pelo tanto que caminhamos…
Se permita parar um pouco! Se permita respirar.
Deixe e-mails, Facebook, Whatsapp, agenda, etc por uns dias, se concentre em você, em se conhecer melhor, neste momento em que está. Descubra seus erros e seus acertos, suas inseguranças.
Descanse sua mente, sua alma e aquiete seu coração, para renovado, recomeçar e partir para o novo Round da luta da vida.