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Dr. Jairinho e mãe de Henry são presos no Rio

A mãe de Henry Borel e o vereador carioca Dr. Jairinho (Solidariedade), padrasto do menino, foram presos pela Polícia Civil na manhã desta quinta-feira (8), no Rio de Janeiro. O menino foi assassinado no dia 8 março. Investigadores afirmam que ele sofreu tortura, sem chance de defesa.

O casal foi preso por atrapalhar as investigações e por ameaçar testemunhas para combinar versões de depoimento.

A prisão de Dr. Jairinho e Monique Medeiros, mãe do menino, é temporária por 30 dias.


Durante as investigações, a Polícia Civil descobriu que antes do fim de semana em que o menino foi morto, o vereador já agredia o menino com chutes, rasteiras e golpes na cabeça. Ainda de acordo com as investigações, Monique já sabia das agressões desde fevereiro.

Em fevereiro ele havia praticado pelo menos uma sessão de tortura contra o enteado.

Henry morreu no Hospital Barra D’Or, na Barra da Tijuca há um mês. Foi levado para lá pelo casal, que alegava tê-lo encontrado desmaiado no quarto onde a criança dormia. O menino estaria com olhos revirados, pés e mãos geladas e dificuldades para respirar Segundo os médicos, o garoto chegou ao estabelecimento em parada cardiorrespiratória. No Instituto Médico-Legal, a necropsia constatou múltiplos sinais de trauma, como equimoses, hemorragia interna e ferimentos no fígado, típicos de agressão.

Câmara

A vereadora Teresa Bergher (Cidadania), do Conselho de Ética da Câmara Municipal do Rio, pedirá ainda nesta quinta que Dr Jairinho seja afastado do órgão. O conselho se reunirá as 18h, na sala das comissões da Câmara. Jairinho ingressou no Conselho de Ética em 11 de março, três dias após a morte do menino. Se for afastado, o seu suplente no conselho e o vereador Luiz Ramos filho (PMN).

“Precisa ser afastado imediatamente. Pela imagem da Casa, pela credibilidade de cada um de nós vereadores e por respeito a esta criança vítima de um cruel assassinato e a toda população que representamos”, disse Teresa.

Ligação para o governador

Depois da morte do menino, Dr. Jairinho telefonou para o governador Claudio Castro (PSC) e relatou o ocorrido, segundo o jornal O Globo. Castro afirmou ter dito que o caso seria investigado pelas autoridades responsáveis, sem interferências. Há relatos de que o vereador teria procurado outras autoridades. Nas investigações, a polícia colheu depoimentos de outras agressões supostamente cometidas pelo político, envolvendo mulheres e crianças. A defesa dele nega.

Dr. Jairinho é filho do ex-deputado estadual Coronel Jairo (SDD), que foi preso na Operação Furna da Onça e atualmente é suplente na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

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