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Dono de suposto cativeiro é preso com armas e munições pela Polícia Militar em Limeira

Fotos: Polícia Militar

Uma denúncia feita à Polícia Militar de Limeira (SP), na noite desta terça-feira (13), de que uma pessoa seria executada num “tribunal do crime”, no bairro Morada das Acácias, não levou à localização da suposta vítima, mas à prisão do dono do imóvel, de 36 anos, que vai responder por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, posse ilegal de arma de fugo de uso permitido e posse ilegal de munição de uso permitido.

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A ocorrência foi na área da 1ª Companhia, por volta das 20h30, ocasião em que foram apreendidos uma garrucha calibre 22 Rossi, uma pistola calibre 380 Taurus, 169 munições íntegras calibre 22 CBC, três munições intactas calibre 380 CBC, seis munições picotadas CBC (9mm, 380 e 32) e estojo com oito munições CBC (380 e 32).

Durante serviço de uma equipe pelo Jardim São Lourenço, com o intuito de coibir furtos e roubos, chegou informação que numa residência da rua Maria Lucia de Salvi Godoy, no Morada das Acácias, haveria, por parte de criminosos integrantes de facção criminosa, o “julgamento” de um usuário de drogas.

Na denúncia foi passado o nome do dono do imóvel e dito que ele era violento e  ameaçava a todos. Foi comunicado ao tenente Boanerges, do Comando de Força Patrulha, e ao sargento Salvador que estava de comandante de equipe, sendo que os dois reuniram parte da tropa e foram para o local.

Na frente do imóvel estava um adolescente, de 17 anos, que ao ser indagado respondeu que estava ali na frente apenas usando o sinal da internet e desconhecia quem morava naquele imóvel, porém tinha conhecimento que o local era frequentado por usuários de drogas.

Neste instante chegou o homem, que disseram ser violento, dono do imóvel, numa caminhonete Hyundai, acompanhado da namorada, e que, na verdade, é o pai daquele adolescente. Ele chegou, segundo a Polícia Militar, a perguntar o que seu filho falou para os PMs. Por causa de informações divergentes, os policiais falaram para o homem o teor da denúncia.

Com autorização dele, inclusive com gravação audiovisual, os policiais entraram e viram que a casa estava bastante deteriorada, com poucos móveis, e indicando que o local poderia ser usado como cativeiro.

Durante vistoria no quarto do dono, sobre um rack, foi localizada a garrucha. No guarda-roupas havia um pote plástico com munições. Foi indagado se ele possuía outras armas e ele alegou que havia vendido (uma pistola) e teria outra que deixou com um amigo, no condomínio residencial Rubi.

As equipes foram ao imóvel do tal amigo, onde este negou que estivesse com a arma. A namorada do dono do suposto cativeiro também disse que estaria com este amigo, pois ela mesma lhe entregou, mas ele continuou negando.

Quando a PM começou as buscas no apartamento do amigo, o denunciado falou que a arma que, inicialmente, ele falou que vende, estava em sua caminhonete. Ela foi localizada num compartimento atrás do banco.

O homem foi preso em flagrante e a namorada, o filho dele e o amigo entraram como testemunhas, sendo liberados ao término do flagrante.

Como o preso está com dificuldades para caminhar, devido procedimento cirúrgico na perna, lhe foram entregues as muletas para que ele pudesse se locomover na carceragem. Nesta quarta-feira (14) ele será ouvido em audiência de custódia.  Armas e munições foram enviados para o Instituto de Criminalística.

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