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Domingo dia do: “leve um casaquinho”, “juízo” …

E quem de nós nunca ouviu tais frases? “Leve um casaco”, “Está esfriando, melhor não sair hoje, hein!”, ou ainda “Ai, juízo, viu?!”, dentre outras frases incrivelmente características das mães. Aposto que todo mundo que leu essas frases, deu uma risadinha, né?

Mães são assim mesmo, leoas que mudam apenas de endereço, mas que movem céus e terras por suas crias tão amadas.
Como diz o ditado judaico: “Deus não pode estar em todos os lugares e por isso fez as mães.”, quão verdadeiro é isso… a mãe acorda, passa o dia e dorme com os filhos na cabeça, na alma e no coração.

Dizem os antigos que se você quiser ver uma mulher pacata e calma se transformar em uma fera indomável existe um caminho certo: mexa com seus filhos. Quanta sabedoria esses antigos têm, não?
Antes de escrever sobre o dia das mães, pensei muito, pois o tema seria ‘batido’, isto é: todo mundo falando sobre este assunto, mas apesar disso, achei que valia ser mais um texto na fila das homenagens a este exemplo de amor incondicional!

Filho nunca fica velho, não fica adulto, é sempre o filhinho, é o alvo da preocupação e do amor. Basta um espirro e a mãe já está com chá, remedinho, querendo que vá ao médico, faça repouso, já começa a achar que essa rotina de trabalho pesada, esse monte de coisa para fazer fica enfraquecendo a saúde e ajudando a ficar doente…

A mãe é aquela que se orgulha em demasia do sucesso de seu filho, que vê todos os bons predicados em suas ações, que tem a certeza que ele fará mais sucesso ainda e conseguirá se sair bem na vida. A mãe é a confiança, é o porto seguro de seus filhos.

Quem de nós nunca correu para o ‘colo quentinho’ da mãe quando as coisas começaram a ficar difíceis e complicadas, quando o sofrimento ficou muito grande, quando tudo parecia sem saída… não que a mãe possa ou deva resolver e solucionar os problemas, mas saber que estamos amparados, que somos amados, que temos alguém que nos escute ou apenas fique ali, ao nosso lado, quando estamos ‘perdidos’ e ‘sem rumo’ é fundamental, pois como dizem os judaicos “a mãe compreende até o que os filhos não dizem.”.

Ser mãe é um desafio constante, pois é preciso educar, é preciso dizer não, é preciso cobrar lição de casa, é preciso dar bronca, apesar do coração estar pequenininho por ter de fazer isso.

Ser mãe é um exercício de paciência, afinal de contas, é preciso além de educar e cuidar do filho, estar atenta aos ‘conselhos’ e palpites das pessoas que, em grande parte das vezes tem um:

“Se fosse o meu filho, eu …”. Ser mãe é um corre-corre, pois é preciso conciliar a tarefa de mãe, com a profissional, com a esposa, com a filha, com a irmã, com a vizinha, sim, ser mãe engloba uma multiplicidade de tarefas….

Ser mãe é cuidar da alimentação, da organização, das tarefas diárias, é amparar quando necessário, é estar por perto, ‘é segurar a barra’, ser amiga, é dar conselhos, ser mãe é ser aquela consciência chata que levanta o lado ruim do comportamento ou da ideia do amado filho…

Encerro com Silvia Schmid, que traduz em poesia a maternidade e sua singularidade rotineira: “Antes de ser mãe, eu fazia e comia os alimentos ainda quentes. Eu não tinha roupas manchadas, tinha calmas conversas ao telefone … Antes de ser mãe, eu nunca fiquei gloriosamente feliz com uma simples risadinha. Nem fiquei horas e horas olhando um bebê dormindo. Nunca imaginei que uma coisinha tão pequenina, pudesse mudar tanto a minha vida e que pudesse amar alguém tanto assim. Antes de ser mãe, eu não conhecia a sensação de ter meu coração fora do meu próprio corpo.”.

Por tudo isso e por tudo o mais que não houve espaço para englobar aqui, parabéns a cada mãe. Que possamos exercer essa linda missão com muita leveza e que vivamos a plenitude da felicidade de ser mãe!

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