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Dólar fecha acima dos R$ 3,30 pela primeira vez desde o início de julho

O dólar encerrou em alta ante o real nesta sexta-feira, 3, e acima dos R$ 3,30 no mercado à vista. Desde 4 de julho deste ano, a cotação não superava esse patamar em um fechamento.

A valorização da divisa dos EUA foi uma reação a notícias internacionais e domésticas, segundo o assessor financeiro e operador de câmbio na Multi-Money, Durval Correa. No exterior, o dólar americano também ganhou força ante as principais moedas emergentes e de economias ligadas a commodities.

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No mercado à vista, a divisa encerrou o dia valendo R$ 3,3055 com alta de 1,30%. Com isso, na semana, acumulou uma valorização de 1,91% e, no mês, de 1,04%. No segmento à vista, o volume negociado ficou em US$ 966 milhões.

No mercado futuro, a moeda americana no contrato para dezembro encerrou a semana valendo R$ 3,3270 com alta de 1,43%. Com isso, na semana, acumulou uma valorização de 2,27% e, no mês, de 1,31% Nesta sexta-feira, esse contrato movimentou um total de US$ 23,712 bilhões.

Correa, da Multi-Money, observou que os dados econômicos sobre os EUA divulgados hoje mostraram que a economia americana continua forte, o que sinaliza “uma possível alta de juros até o fim do ano”. O bom resultado do PMI de serviços e do PMI composto dos Estados Unidos e a revisão do payroll de setembro e de agosto elevaram hoje para 100% as apostas de um aumento de juros do Federal Reserve (Fed) em dezembro.

“No campo político e econômico doméstico, tudo segue com ‘compasso de espera’. A reforma da Previdência continua distante Há a questão de um possível rebaixamento da nota de risco-País, com a dívida pública ainda alta”, afirmou Correa.

No pico do dia, o dólar à vista chegou a valer R$ 3,3347 (+2,19%). A máxima foi uma reação negativa pontual à reportagem, publicada na revista Piauí, que cita a atuação nos conselhos da J&F do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. “O pessoal se assustou. Toda vez que alguma notícia negativa envolve o nome do Meirelles, é assim”, afirmou o operador de um grande banco estrangeiro. No fim da tarde, o Ministério da Fazenda divulgou nota comentando a reportagem e afirma que a “atuação do conselho de administração da holding J&F foi apenas formal”.

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