O mercado de câmbio não tem trégua e o dólar volta a subir mais de 1% na manhã desta quinta-feira, 19, já testando a máxima a R$ 5,4565 – maior valor intradia desde 4 de maio (R$ 5,4839), puxando a curva de juros para cima.
Os investidores precificam o tombo das commodities em meio à aversão a risco no exterior, após os membros do Federal Reserve terem defendido na ata da reunião de julho que a redução na compra de ativos (“tapering”) ocorra antes do fim deste ano por conta do risco de que a alta recente na leitura da inflação seja mais persistente do que o previsto.
Há cautela também com o impacto da variante delta do coronavírus na retomada econômica mundial e com um possível aperto regulatório na China. Também o mercado local sustenta desconfianças sobre os fundamentos fiscais do País em ambiente de crise sanitária e ruídos político-institucional.
Com cenário tão adverso, o Tesouro divulgou antecipadamente edital do leilão de LTN, NTN-F e LFT de hoje, que era previsto para 11h, e reduziu a oferta de papéis, após já ter colocada uma oferta pequena de NTN-B na terça-feira.
Já o mercado de câmbio avalia que é possível o Banco Central fazer leilão de swap cambial ou de moeda no mercado à vista, uma vez que o avanço do dólar ante o real é bem maior do que a valorização da moeda americana frente pares principais e moedas emergentes ligadas a commodities.
Às 9h22 desta quinta-feira, o dólar à vista desacelerava e subia 0,83%, a R$ 5,4180. O dólar futuro de setembro ganhava 0,57%, a R$ 5,4255.