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Dólar atinge R$ 6,09 e bate recorde nominal; bolsa cai e chega ao menor nível desde junho

Foto: Karolina Grabowska / Pexels

O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (16) em forte alta, vendido a R$ 6,094, registrando um avanço de 0,99%. Essa é a maior cotação nominal da moeda desde a criação do real, em 1994. A bolsa de valores também refletiu o cenário instável, com o Ibovespa recuando 0,84% e fechando em 123.560 pontos, seu menor patamar desde o fim de junho.

Apesar das sucessivas intervenções do Banco Central (BC), que buscou conter a valorização do dólar, a moeda norte-americana manteve a trajetória de alta ao longo do dia. Pela manhã, o BC realizou a venda à vista de US$ 1,6 bilhão das reservas internacionais. Pouco depois, vendeu mais US$ 3 bilhões em operações compromissadas, com a promessa de recompra futura.

Mesmo com as intervenções, o dólar subiu durante a tarde, refletindo as incertezas internas e externas.

Mercado atento a fatores políticos e internacionais
No cenário doméstico, os investidores acompanham com cautela a votação do pacote de corte de gastos na Câmara dos Deputados. A medida é vista como essencial para o ajuste fiscal do governo. Para destravar as discussões, o governo liberou cerca de R$ 7 bilhões em emendas parlamentares nos últimos dias.

Externamente, a reunião do Federal Reserve (Fed), que discute possíveis cortes nos juros básicos nos Estados Unidos, trouxe volatilidade aos mercados. Além disso, uma declaração do presidente eleito Donald Trump sobre a possível sobretaxa de produtos brasileiros adicionou pressão sobre o câmbio no Brasil, aumentando as incertezas.

Ibovespa tem terceira queda consecutiva
A bolsa de valores registrou sua terceira sessão consecutiva em baixa, refletindo o pessimismo dos investidores. O Ibovespa, principal índice da B3, fechou com queda de 0,84%, aos 123.560 pontos, atingindo o menor nível desde 26 de junho.

Perspectivas
Os próximos dias devem continuar marcados por volatilidade, com os investidores aguardando desdobramentos das votações internas e sinais claros sobre a política monetária norte-americana. O cenário fiscal brasileiro e as tensões comerciais internacionais devem continuar pressionando os mercados.

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