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Doação de sangue salvou a vida de Rafael, adolescente que luta contra leucemia em SP

‘Eu tive a sorte de ter muitos doadores, de ter muita gente que veio doar para mim’, diz Rafael. Foto: Divulgação

Aos 16 anos, Rafael Dias Rufino viu sua vida mudar completamente. No dia seguinte ao seu aniversário, em 2023, recebeu o diagnóstico de Leucemia Linfoide Aguda Tipo T. A partir dali, começou uma batalha pela vida no Instituto de Tratamento do Câncer Infantil (ITACI), na capital paulista — e uma das primeiras necessidades foi a transfusão de sangue.

“Ele estava com as plaquetas muito baixas e precisando de transfusão já na entrada da UTI”, contou Lidia Rosa Dias da Silva, mãe do estudante. Foi nesse momento que a solidariedade entrou em cena.

“Ganhei vida de novo”

Rafael, como muitos adolescentes, é fã de videogames. Por isso, descreve com simplicidade e emoção a importância das transfusões. “Era igual um joguinho quando tem apenas um coraçãozinho, mas quando eu recebia a transfusão, era como se tivesse ganhado vida de novo”.

A necessidade de sangue e plaquetas é constante para pacientes oncológicos. Segundo a diretora médica do ITACI, Lilian Cristofani, as transfusões são essenciais durante o tratamento. “A própria doença reduz a produção de hemácias e plaquetas, o que deixa o paciente vulnerável a anemias severas e riscos de sangramento”, explicou.

Foto: Divulgação

Mobilização nas redes sociais

Diante da urgência, Lidia fez um apelo nas redes sociais, informando o tipo sanguíneo do filho. A resposta foi imediata: amigos, familiares e desconhecidos se mobilizaram para doar.

“Quando as pessoas entenderam que não era só pelo Rafael, mas por outras crianças também, o engajamento cresceu. O sangue que não servisse para ele, com certeza salvaria outra vida”, disse Lidia, emocionada.

Junho Vermelho alerta para a queda nas doações

A campanha Junho Vermelho visa alertar para a importância da doação de sangue, especialmente no inverno, quando os estoques dos hemocentros costumam cair. Segundo a médica, essa queda pode afetar diretamente o andamento de cirurgias e quimioterapias.

“Se o estoque estiver baixo, não é possível fazer a transfusão, e isso compromete todo o tratamento”, alertou Cristofani.

Hoje, após meses de luta e apoio, Rafael faz questão de agradecer: “Se não fosse a doação de sangue, eu não sei onde estaria. Eu tive sorte, mas muitos não têm esse mesmo acesso. Doar sangue é salvar vidas.”

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