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Distrito Federal confirma uma morte por H1N1

Um homem de 54 anos é a primeira morte confirmada no Distrito Federal (DF) em decorrência de infecção pelo vírus influenza A, do subtipo H1N1, em 2018. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (11) pelo secretário de Saúde do DF, Humberto Fonseca, em entrevista coletiva.

A morte do paciente, que também tinha doença hematológica (sanguínea), ocorreu no final de março, no Hospital Regional da Ceilândia, mas a causa só foi confirmada essa semana pela Secretaria. Outros dois casos da doença já notificados evoluíram para cura das pessoas infectadas.

“Temos esse ano o vírus H1N1 comprovadamente circulando no DF e trata-se de um vírus potencialmente mais grave que o H3N2 [outro subtipo da influenza], que é o vírus mais comum. Nossa principal preocupação é com as crianças, principalmente as menores”, destacou o secretário.

A campanha nacional de vacinação contra a gripe começará no próximo dia 23 e, no DF, o objetivo é imunizar um público-alvo de 708 mil pessoas. Fazem parte desse grupo, considerado de risco, as crianças com idade entre 6 meses e 5 anos, idosos a partir de 60 anos, gestantes, indígenas, profissionais de saúde, de educação e a população do sistema prisional e socioeducativo.

“É importante que toda a população alvo compareça às unidades básicas de saúde a partir do dia 23 de abril. A vacinação que á forma mais eficaz de prevenção da gripe por influenza”, acrescentou Humberto Fonseca. O dia D da campanha será em 12 de maio, um sábado em que 104 postos de saúde estarão abertos para atender a população de Brasília.

O último boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do DF, referente ao período de 31 de dezembro de 2017 a 31 de março de 2018, registra 223 casos de síndrome respiratória aguda grave – 164 deles em moradores da capital federal. Desses 164, em 76 foram detectados vírus respiratórios. Além da morte de um homem por H1N1, também foi registrado o óbito de uma criança menor de 1 ano, causado por metapneumovírus.

Retorno do H1N1
O DF volta a notificar infecção por vírus H1N1 depois de passar o ano de 2017 sem registrar nenhum caso da doença na região. Para Marcus Quito, subsecretário de Vigilância em Saúde do governo distrital, o aumento na circulação do vírus está relacionado a fatores ambientais, populacionais e situações “de oportunidade”, quando o vírus entra em contato com pessoas não imunizadas. As mudanças de estação climática e de temperaturas também favorecem um crescimento na incidência de infecções virais.

Segundo o subsecretário, os sintomas da gripe são praticamente os mesmos entre os diversos tipos de vírus: febre súbita, dor de garganta, dor de cabeça e secreção, entre outros. Quem estiver infectado deve observar o agravamento dos sintomas iniciais. “No momento em que a pessoa passa a ter dificuldade respiratória maior, aí deve procurar uma unidade de saúde”, alerta.

Cuidados
De acordo com Maria Beatriz Ruy, diretora de Vigilância Epidemiológica do DF, a vacina contra a gripe tem 99% de eficácia e seu principal objetivo é imunizar contra as formas mais graves da doença, aquelas que podem levar à morte. “A vacinação não impede de contrair gripe, apenas as formas mais graves”.

Segundo a diretora, além da imunização, as pessoas devem manter as mãos sempre limpas e usar lenços de papel ao tossir ou espirrar, evitando o uso das mãos e lenços de pano. Também devem evitar compartilhamento de utensílios de uso pessoal e manter o ambiente de trabalho e o doméstico sempre arejados e limpos. Para as crianças, é recomendável evitar grandes aglomerações de pessoas.

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