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Diretora de escola infantil investigada em SP deixava crianças 5 horas em pé como castigo

Foto: Reprodução/ Redes Sociais

Uma professora da Escola de Educação Infantil Colmeia Mágica, na zona leste de São Paulo, relatou a Polícia Civil outras torturas e castigos praticados nas crianças pela diretora.

Em entrevista ao Fantástico, a profissional contou que as crianças ficavam de castigo no chamado “cantinho do pensamento” por cerca de cinco horas, na sala da direto e proprietária Roberta Regina Rossi Serme, que está foragida.

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“Eu já presenciei criança ali ficar em torno de quatro, cinco horas em pé”, afirmou, por áudio, a funcionária, que teve a identidade preservada por ter medo de se expor. As testemunhas ainda apresentaram à polícia imagens de um menino dormindo encostado na parede e com as mãos para trás.

A diretora Roberta confirmou em depoimento à polícia que a imagem é de sua sala, mas não havia percebido a presença da criança, que provavelmente pegou no sono enquanto estava no castigo. Fernanda Serme, irmã de Roberta, disse em depoimento que a questão para o menino ter sido castigado foi por ter apresentado resistência para comer.

Segundo professoras da escola infantil, a diretora e a irmã dela, Fernanda, recebiam as crianças no portão da escola sem deixar os pais entrarem no local. Além disso, a diretora ordenava uma série de maus tratos contra crianças que faziam o que segundo ela, era mau comportamento ou desobediência.

Em seu depoimento, uma das professoras afirmou que Roberta não suportava o choro dos menores e os ameaçava com castigos severos. “Essa questão do choro incomodava muito ela. Era uma coisa assim fora do normal. Ela ficava muito brava. E muitas vezes a gente teve que abraçar as crianças para abafar o choro para que ela não ouvisse”, disse uma das professoras.

Algumas vezes, segundo as testemunhas, a diretora medicava as crianças para que parassem de chorar. Os alunos mais novos que choravam muito, eram amarrados com lençóis e colocado no bainheiro, por ordem de Roberta. De acordo com relatos, a porta ficava fechada e a luz apagada. As crianças ficavam confinadas no local apertado e sem ventilação até dormir ou parar de chorar.

Além disso, uma professora contou que Roberta também torturava aqueles que apresentavam dificuldades em deixar as fraldas. Ela conta que uma vez a diretora ficou furiosa com uma menina que havia feito xixi no uniforme. No dia seguinte, a educadora encontrou a criança sozinha no banheiro da sala dos professores e sentada no vaso sanitário.

A professora contou às autoridades que a menina ficou naquela condição das 7:30 até as 13:00 e chorava muito e se segurava no vaso para não cair. A escola infantil é investigada por tortura e maus-tratos, após denúncia de pais e funcionários.

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