“A maioria das pessoas imagina que o mais importante no diálogo é a palavra. Engano: o importante é a pausa. É na pausa que duas pessoas se entendem e entram em comunhão.” Nelson Rodrigues
Tão raro hoje em dia vivenciarmos diálogo de verdade! Tão raro! Assistimos pessoas falando, impondo suas opiniões, não escutando ao outro. De acordo com Carolina Lima Silva, ‘dialogar significa não apenas falar, mas também escutar além do simples ouvir com todos os sentidos.’.
Para que consigamos desenvolver um diálogo de verdade, é preciso sairmos de nossa individualidade natural e desenvolvermos a empatia, isto é, é preciso que possamos olhar para a situação que se nos apresenta com os olhos do outro, para que possamos entender como este está sendo afetado por nossa fala e nossa ação.
Dialogar é uma arte. Saber dialogar é um diferencial! Quando dialogamos, somos capazes de nos colocarmos, de escutarmos, de fazermos pausas importantíssimas para que exista a reflexão sobre a situação e retomarmos o assunto, já muito mais adiantados no caminho do entendimento, da compreensão mútua e do ‘acerto’.
Viver situações de conflito e de desentendimento não é bom para ninguém, afinal de contas, causa sempre uma sensação de desconforto, de ansiedade e de tristeza, por isso, a solução delas, são importantíssimas, à medida em que nos devolve a uma situação de equilíbrio e de paz.
Nos dias de hoje, tão tumultuados, tão difíceis, de soluções para problemas que parecem ser muito distantes de nós, o diálogo sincero, aberto, honesto, empático, surge como ferramenta importantíssima para que possamos solucionar nossos desentendimentos, nossos problemas, nossas dificuldades.
O diálogo não é uma verborragia pura e simples, sem objetivo algum, mas sim uma responsabilidade pela qualidade do que se fala neste processo de comunicação. A boa vontade em usar palavras de uma forma harmoniosa, sermos receptivos para com o outro, buscando compreender ‘seu lado’ da história é parte fundamental para o sucesso do diálogo e da solução do problema. Somos, cada um de nós, responsáveis pela qualidade da comunicação e das relações que dela advém.
“Falar é uma responsabilidade muito grande, porque pode ferir ou elevar a vida de outras pessoas numa fração de segundos.” Carolina Lima Silva
Vamos manter em mente que, quando dialogamos, devemos ter um objetivo e uma mensagem que queremos passar, devemos estar abertos também para podermos ouvir a mensagem que o outro quer nos passar, sempre de maneira empática e o diálogo engloba também uma reflexão sobre como chegarmos a um consenso da melhor maneira possível, ficando as duas partes satisfeitas felizes e em paz com o resultado da conversa.
Encerro com uma música, que é um convite à paz: “A paz, invadiu o meu coração, de repente, me encheu de paz, como se o vento de um tufão, arrancasse meus pés do chão, onde eu já não me enterro mais …” Gilberto Gil