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Diabéticos têm um risco 25 vezes maior de perder a visão

Imagem: Agência Brasil

A diabetes é uma doença crônica, complexa e que pode afetar todo o do corpo, inclusive os olhos. Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), pessoas diabéticas têm um risco 25 vezes maior de perder a visão do que indivíduos não diagnosticados com a doença.

Isso porque o descontrole da glicemia afeta pequenos vasos da retina, região responsável pela formação das imagens enviadas ao cérebro, causando a retinopatia diabética. “Essa é a principal e mais temida complicação ocular do diabetes devido ao impacto que provoca no dia a dia das pessoas, dificultando atividades rotineiras”, explica Dra. Ana Paula Tupynambá, oftalmologista do Visão Hospital de Olhos.

A médica esclarece que, se não diagnosticada precocemente e tratada adequadamente, essa doença pode levar à cegueira irreversível. “Os distúrbios oculares causados pela retinopatia diabética vão desde embaçamento visual até perda repentina da visão”, comenta Dra. Ana Paula.

O diagnóstico da doença é feito pelo oftalmologista, por meio da fundoscopia ou do mapeamento da retina. “Este é um exame que proporciona a visualização das estruturas do fundo de olho, servindo para avaliar o nervo óptico, os vasos retinianos e a própria retina”, ressalta a especialista.

De acordo com o CBO, a retinopatia diabética atinge 75% das pessoas diagnosticadas com a doença há mais de 20 anos. Por isso, o acompanhamento médico é fundamental, sendo a frequência das consultas determinadas pelo grau da doença. “Para os casos mais severos, muitas vezes, indicamos acompanhamento com especialista mensalmente”, conta Dra. Ana Paula.

Prevenção e tratamento
O controle glicêmico é a principal forma de prevenir a retinopatia diabética. Ou seja, é preciso estar atento à alimentação, praticar atividades físicas e fazer exames regularmente

Para casos já diagnosticados, infelizmente, essa doença não tem cura, mas um tratamento adequado ajuda a diminuir os sintomas e retardar a progressão da perda de visão. É importante lembrar que o tratamento depende do estágio da doença e, também, do controle glicêmico do paciente.

“Nas fases mais leves, o tratamento é feito com laser e anti – VEGF intravítreo, uma injeção de medicamentos aplicada na cavidade vítrea. Já nos estágios mais severos, é necessário cirurgia de vitrectomia”, conclui a oftalmologista.

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